Meditação do tipo mindfulness afeta circuito cerebral e diminui ansiedade, diz estudo

Transtornos de ansiedade estão entre as condições psiquiátricas mais comuns entre crianças e adolescentes e a meditação do tipo “mindfulness” pode ajudar quem não tolera medicamentos ou quer tentar combinar terapias. É o que mostra estudo da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, publicado no Journal of Child And Adolescent Psychopharmacology.

Técnicas do tipo mindfulness, ou atenção plena, incluem a meditação e a reflexão silenciosa sobre o momento presente. Praticantes também são orientados a manterem uma postura aberta, sem julgamentos. São utilizados como métodos a atenção na própria respiração ou em sensações e movimentos do corpo.

A técnica já é amplamente utilizada como um esforço para gerenciar as emoções negativas de forma mais eficaz e oferece novas estratégias para lidar com o sofrimento psíquico. O que o estudo fez foi investigar de que forma esse tipo de meditação pode afetar o cérebro e contribuir para um bom prognóstico de doenças mentais. 

Em estudo, pesquisadores aplicaram o método em adolescentes e mapearam o cérebro de cada um deles antes e depois da meditação. Eles perceberam que a prática afetou as ondas cerebrais de regiões que controlam as emoções. A pesquisa foi conduzida por Melissa DelBello, Mickey Kaplan, Jeffrey Strawn e Sian Cotton, pesquisadores da Universidade de Cincinnati.

Técnica do tipo mindfulness, também conhecida como meditação da atenção plena, diminuiu ansiedade em jovens com risco para transtorno bipolar. Imagem ilustrativa/Ingimage
Técnica do tipo mindfulness, também conhecida como meditação da atenção plena, diminuiu ansiedade em jovens com risco para transtorno bipolar. Imagem ilustrativa/Ingimage

A técnica foi aplicada em indivíduos com transtorno de ansiedade (generalizada, social ou de separação). Também foram selecionados jovens em que pelo menos uns dos pais sofre com transtorno bipolar. Todos os participantes estão sob risco aumentado para o desenvolvimento do transtorno e esse era um dos critérios do estudo.

“Nossa observação preliminar mostra que a terapia mindfulness aumenta a atividade na parte do cérebro responsável por processos cognitivos e informação emocional”, diz Jeffrey Strawn, um dos autores.

“Esse estudo, junto com outros, levanta a possibilidade de que o aumento da atividade cerebral pode melhorar o processamento das emoções em jovens ansiosos que estão em risco de desenvolver transtorno bipolar.”


Como foi a pesquisa

Antes das técnicas de meditação, nove participantes com idades entre 9 e 16 anos foram submetidos à ressonância magnética enquanto realizavam tarefas com distrações emocionais e outras, mais neutras. Depois, eles passaram por um programa de 12 semanas de meditação do tipo mindfulness.

A ansiedade clínica dos jovens foi significativamente reduzida após a prática da meditação. “As técnicas de mindfulness são muito promissoras para o tratamento do transtorno do humor e podem ajudar na redução de sintomas”, disse o pesquisador Strawn.

A ciência, segundo Strawn, está começando a estudar os efeitos da psicoterapia e da meditação no cérebro. Ele afirma que entender de que maneira o órgão reage é um desafio comum na área. “É necessário um estudo adicional para mostrar em detalhes os circuitos cerebrais afetados”, enfatiza. 


Comentários

Uma resposta para “Meditação do tipo mindfulness afeta circuito cerebral e diminui ansiedade, diz estudo”

  1. Avatar de Rogério Peixoto
    Rogério Peixoto

    Para quem sofre com ansiedade, sugiro que assista esse vídeo e faça o que é ensinado!
    https://www.youtube.com/watch?v=5O4zvP7oHbM&list=PLFQmmENubYfgt8Whf6122xrSbweC5PujU&index=3?sub_confirmation=1
    #experimenteapaz

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