Para um grande número de visitantes que vão à Bienal e ficam com a reticente impressão de ter visto muito e compreendido pouco, o Projeto Educativo é desses parceiros luminosos, que longe de sugerir interpretações sobre as obras, dão subsídios conceituais para que tudo fique mais claro. Coordenadas pelo artista alemão Wolfgang Pfeiffer, as primeiras atividades educativas da Bienal aconteceram em 1965, na 8ª edição do evento, ocasião em que 55 monitores foram formados para orientar o público.
Nessa 29ª Bienal a curadoria tem a liderança da arte-educadora Stela Barbieri. Artista plástica de trânsito internacional, Stela tem mais de 20 anos de experiência, em importantes instituições, como a Escola Experimental Vera Cruz, a Escola Castanheiras e o Instituto Tomie Ohtake – onde dirige o projeto Ação Educativa. Sorriso fácil e contagiante, ela nos recebeu em um domingo de “feriadão” e Bienal com boa presença de público. As atividades iniciaram, a todo vapor, em fevereiro último e, partindo de uma parceria com 22 instituições – como a Pinacoteca, o Masp, o MAC e o Itaú Cultural – Stela coordenou a formação de uma equipe de 320 educadores, especialmente preparados para orientar o público que vem à Bienal.
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O Projeto Educativo é aberto a participações individuais e coletivas, e atende a um público de diversas faixas etárias. Tem nos estudantes o público mais assíduo, mas é alvo de surpreendentes manifestações de interesse, como alguns seguranças terceirizados da Bienal, que viram no Projeto uma forma de aprender mais sobre o rico universo que os cerca, e também ajudar nas orientações ao público. As atividades seguem, paralelas à Bienal, até dezembro. Interessados devem enviar e-mail – com nome do solicitante ou da instituição de ensino, lista de participantes, telefone de contato e data sugerida para visita – para o endereço educativo@fbsp.org.br.
Marcelo Pinheiro é jornalista da Brasileiros Editora Ltda.
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