O Céu Ainda é Azul, Você Sabe, individual de Yoko Ono no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, de 1/4 a 28/5
Com curadoria do islandês Gunnar B. Kvaran, a exposição reúne obras de Yoko Ono,uma das principais artistas dos anos 1960. Ono foi uma das pioneiras a incluir o espectador no processo criativo, convidando-o a desempenhar um papel ativo em sua obra. A mostra foi concebida especialmente para o Instituto Tomie Ohtake e é formada por 65 peças de Instruções, que evocam a participação do espectador para sua realização. Entre as obras da mostra há também uma série de filmes, dois dos quais com a participação de John Lennon na concepção. Em Estupro (77 min, 1969), o músico foi codiretor e em Liberdade (1970), de apenas um minuto, assina a trilha sonora.
Jacarezinho 92, individual de Ana Elisa Egreja na Galeria Leme, São Paulo, até 6/5
Os ambientes domésticos e interiores sempre foram inspiradores para a artista Ana Elisa Egreja. Desde 2013, sua atenção se voltava cada vez mais às particularidades da arquitetura interna, especialmente às texturas e à matéria. Nos últimos anos, a artista realizou uma série de intervenções numa residência modernista, que pertencia à sua avó e já não era habitada há muitos anos. A artista mobilizou uma equipe para instalar, fotografar e registrar cada um dos diferentes aposentos – decorados com diferentes móveis, quadros e acessórios, transformados por grafites e papel de parede e iluminados cenograficamente – para, enfim, a partir das fotos, transferi-los para a tela.
Ópera do Vento, individual de Nino Cais na Casa Triângulo, São Paulo, de 5/4 a 13/5
A mostra de Nino Cais conta com cerca de 30 desenhos, 35 intervenções feitas em páginas de livros, cinco objetos, um vídeo e uma instalação com 85 suportes para partituras. O artista usa como ponto de partida o mundo à sua volta, dessa forma livros, fotografias, roupas e objetos corriqueiros ganham novos significados através de intervenções e justaposições.
Para a mostra, o artista colecionou livros iconográficos, que guardam retratos, paisagens e imagens do cinema, realizando, em suas páginas, intervenções com cortes, rasgos e cores. A mostra também expõe um texto da atriz e escritora Maria Ribeiro que, a convite de Nino Cais, escreveu um texto de ficção inspirado nas obras.
Guilherme Vaz | Uma Fração do Infinito, individual do artista no Sesc Pompeia, de 4/4 a 2/7
Integrante das vanguardas dos anos 1960 e 1970, Guilherme Vaz é um dos pioneiros da arte conceitual e sonora no país. A mostra apresenta um amplo panorama da obra de Vaz, pesquisado por Franz Manata e Saulo Laudares. São apresentadas instalações, objetos sonoros, desenhos, partituras, performances, instruções e músicas, além de um vasto conjunto de imagens, textos e documentos. Dentre as obras, há um conjunto de pinturas realizado com índios da tribo Gavião-Ikolem, de Rondônia. A questão indígena foi um tema frequenta na produção do artista. Também se destaca o vídeo Uma Fração do Infinito, no qual Vaz estabelece um diálogo com Charles Darwin ao refazer parte do caminho percorrido pelo naturalista britânico em sua visita a cidade de Niterói.
Daniel Senise, individual do artista na galeria Nara Roesler, São Paulo, de 4/4 a 20/5
O artista carioca Daniel Senise é um dos representantes da chamada Geração 80, que retomou a prática da pintura. Sua produção tem uma relação direta com a história da arte, com o universo das imagens e a maneira como este é percebido. As obras recentes de Senise podem ser conferidas na galeria Nara Roesler. Com curadoria de Brett Littman, a exposição traz obras como as pinturas Skylight e A Floresta do Livre Arbitrio, que tratam de um tema familiar em sua produção – seu próprio ateliê. Já a série Biógrafo, é composta por 66 painéis idealizados pelo artista após a morte do seu pai.
Pedra no Céu: Arte e Arquitetura de Paulo Mendes da Rocha, coletiva no MuBE, São Paulo, de 1/4 a 2/7
Com curadoria de Cauê Alves e Guilherme Wisnik, a mostra traça um paralelo entre a obra de Paulo Mendes da Rocha, autor do projeto do MuBE, e a a arte contemporânea. São exibidas fotografias, pinturas e desenhos de quase 30 artistas, como Cildo Meireles, Carmela Gross e Iran do Espírito Santo. A maquete do MuBE, pertencente à coleção do MoMA de Nova Iorque, também ocupará um lugar de destaque. O termo “pedra no céu” era usado por Paulo Mendes da Rocha para se referir ao grande plano horizontal da marquise do museu que pousa sobre dois apoios perpendicularmente à Avenida Europa. “A intenção da curadoria foi se aproximar do imaginário e do repertório do arquiteto, assim como apontar outros vínculos possíveis entre arte e arquitetura”, explicam os curadores.
Boom, individual de Alexandre da Cunha no Pivô, São Paulo, de 1/4 a 10/6
A mostra de Alexandre da Cunha é composta por obras inéditas, feitas especialmente para o espaço. Há também uma seleção de trabalhos realizados nas últimas décadas. A produção do artista brasileiro radicado em Londres é essencialmente escultórica. Cunha raramente constrói um objeto partindo do zero, sua prática começa com a seleção de objetos da vida cotidiana e formas pré-moldadas, que posteriormente são rearranjados e reapresentados. Tanto suas grandes obras públicas quanto as esculturas de menor escala ressaltam as particularidades físicas de objetos do cotidiano como vassouras, escovões, roupas e materiais da construção civil.
Pra Sempre e Um Dia, individual de Renata Cruz na galeria Blau Projects, São Paulo de 1/4 a 27/5
A Blau Projects apresenta a produção recente da artista paulista Renata Cruz. Os desenhos inéditos em aquarela foram feitos nos períodos em que ela viveu no Japão e em Portugal. São cerca de 365 obras que ocuparão todas as paredes da galeria. Nas terras lusitanas, Cruz produziu na casa do Marquês de Pombal, em Lisboa, onde fez uma catalogação dos azulejos restantes no local. Inspirada pela cultura portuguesa, ela produziu uma série de obras em aquarela que remetem à experiência. Já no Japão, a artista fez uma pesquisa sobre a região Aomori, uma das maiores produtoras de maçãs do mundo, o que a inspirou a pintar natureza morta e também a buscar uma catalogação de seu próprio cotidiano no local, recolhendo objetos com os quais se deparava.
Voragine, individual de Bosco Sodi na galeria Luisa Brito, São Paulo, de 1/4 a 6/5
A mostra apresenta a produção inédita do artista mexicano Bosco Sodi. São exibidas telas, esculturas e instalações do artista que expõe pela primeira vez no país. Um dos destaques é a série de telas feitas com substâncias pouco convencionais como minerais e pigmentos naturais.Também há uma instalação inédita composta por pequenas pedras vulcânicas extraídas do vulcão Ceboruco no México e banhadas em esmalte cerâmico de ouro. As obras de Sodi são, para todos os efeitos, excertos do mundo natural transformados pela ação humana, onde a intencionalidade do artista, embora necessariamente presente, trabalha em parceria com as contingencias da natureza.
Instâncias do Olhar, individual de Efrain Almeida na galeria Fortes D´Aloia & Gabriel, São Paulo, de 3/4 a 12/5
O trabalho do artista cearense Efrain Almeida é exibido mais uma vez na Fortes D´Aloia & Gabriel. Personagens recorrentes na produção do artista ressurgem nos seus novos trabalhos. São esculturas de madeira e bronze, aquarelas e bordados. O trabalho central da exposição, a escultura d apresenta apenas um pássaro, caído de costas sobre um tablado de madeira. Segundo o artista, a imagem evoca liricamente a memória de seu pai, que faleceu ano passado. Já em O Outsider, o autorretrato ganha forma através de uma camisa de seda bordada com o rosto do artista. Nas esculturas e aquarelas da série Pouso, Efrain volta a retrata beija-flores, figuras muito presentes em sua produção.
Sonia Andrade – Cristais, pedras e vídeos, individual da artista na galeria Marcelo Guarnieri, São Paulo, até 29/4
Com uma produção pioneira em vídeo nos anos 1970, Sonia Andrade agrega em sua trajetória a arte-correio, o desenho, a fotografia e a instalação. A exposição apresenta um recorte da sua obra mais recente da artista, reunindo seis obras produzidas entre 2001 e 2017. Em seu trabalho Sem Título (2001), Sonia Andrade projeta uma Colour Bar em um conjunto de pontas de cristal de rocha. Acontece, assim, uma associação entre os cristais, que descompõem a luz branca recebida em cores, e o instrumento usado para medir e controlar o próprio espectro de cores. Já em outra videoinstalação, também do ano de 2001, um bloco de areia serve de tela para a projeção da imagem de uma drusa. Dessa forma, a imagem projetada parece ser a própria areia, criando uma confusão entre o que é objeto e representação.
Babel: Drawings by Johanna Calle, individual da artista na galeria Marília Razuk, até 20/5
Conhecida por tratar de temas politizados, a mexicana Johanna Calle apresenta três séries que integram sua produção mais recente: Minúsculas, Párrafos e Simbiontes. Nesse conjunto de 79 obras, Johanna faz uso de materiais inusitados como fios, ferro e malhas de arame e aço, construindo seus desenhos por meio de técnicas como costura, perfuração e textos manuscritos e datilografados. Frequentemente, sua obra faz referência a problemas sociais da América Latina, denotando fragilidade, precariedade, resistência e transgressão. Para isso, utiliza a palavra como embrião e toma como matéria-prima não apenas o espanhol, mas também línguas e alfabetos diversos. A série Minúsculas, por exemplo, é composta por 77 trabalhos realizados em papel japonês datilografados, cujos textos, compostos pela combinação de milhares de letras minúsculas, podem ser vistos de modo habitual e também de trás para frente.
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