Lugares do Delírio, Museu de Arte do Rio, de 7/2 a 16/7
Idealizada por Paulo Herkenhoff e com curadoria de Tania Rivera, a mostra apresenta cerca de 150 trabalhos – entre instalações, mapas, performances, pinturas e objetos – de diversos artistas, como Cildo Meireles, Laura Lima, Anna Maria Maiolino, Arthur Bispo do Rosário, Lygia Clark, Raphael Domingues, Gustavo Speridião, entre outros. Na exposição coletiva, a curadora apresenta uma delicada trama de experiências, obras e projetos que dão a ver formas de resistência e de agenciamento de forças inconformes a modelos de racionalidade.
A Terceira Mão, Galeria Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo, de 6/2 a 25/3
Com curadoria de Erika Verzutti, a mostra reúne um conjunto de pinturas, de artistas como Gabriel Lima e Pedro Caetano, que têm em comum a tridimensionalidade e o uso de objetos em sua superfície. Essa questão, recorrente na pintura contemporânea, também permeia a obra da própria artista, que cada vez mais trabalha esculturas que migram para a parede. A “terceira mão” do título alude a um ritual de finalização, onde penas, dedos, ovos, sangue, cabelos, cigarro e dinheiro são adicionados no momento final de produção da obra.
Aceita?, individual de Moisés Patrício | Construção de Valores, individual de André Komatsu | Red Bull Station, São Paulo de 4/2 a 4/3
A instituição começa sua programação com duas exposições. Em Construção de Valores, André Komatsu apresenta um conjunto de mais de 700 mil cópias, entre imagens e verbetes de dicionário, empilhadas em 62 torres rigorosamente organizadas no espaço. As imagens foram extraídas de meios de comunicação, e dentre os verbetes se encontram palavras como ordem, poder, estrutura, sistema, território e estado. Já em Aceita?, o artista Moisés Patrício apresenta uma série que vem desenvolvendo desde 2013 para as redes sociais. Artista negro, morador da periferia de São Paulo e praticante do candomblé, Patrício produz religiosamente uma imagem por dia como forma de documentar o seu cotidiano.
Narrativa Sincopada, individual de Vânia Mignone na Casa Triângulo, São Paulo, de 4/2 a 25/3
A mostra, que celebra os 20 anos de parceria entre a artista e a galeria Casa Triângulo, apresenta uma nova série de pinturas de Mignone. A obra da artista paulista é repleta de atmosferas musicais permeadas por cenários protagonizados por personagens femininos. A exposição está divida em duas séries de trabalhos: uma retrata a fragilidade e a intensidade da mulher, enquanto a outra tem o circo como tema e trata sobre o mistério e o estranhamento familiar, seduzindo o olhar a desvendar cada trama da história.
A Arte da Lembrança, Museu de Arte Contemporânea do Dragão do Mar, Fortaleza, até 26/3
Tendo como inspiração um dos sentimentos mais universais e inexplicáveis – a saudade- a exposição propõe um percurso iconográfico pelas obras de alguns dos mais representativos fotógrafos brasileiros, como Luiz Braga, Gilvan Barreto, Voltaire Fraga e Paula Sampaio. Com curadoria de Diógenes Moura, a mostra pode ser considerada uma viagem por meio de registros que englobam temas pessoais e universais como as cidades e suas demolições; os objetos vazios à mercê da poeira do passado; a ausência de um ente querido, entre outras imagens congeladas no tempo.
A Reinvenção da Pintura, mostra de Abraham Palatnik no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, até 24/3
Um dos pioneiros da arte cinética no País, Abraham Palatnik ganha uma exposição retrospectiva. A mostra reúne 85 trabalhos do artista, nascido em Natal em 1928, de pais russos, criado em Tel Aviv, na então Palestina, e desde 1947 – há 70 anos, portanto – residente no Rio. São pinturas, aparelhos cinecromáticos, objetos cinéticos e lúdicos, mobiliário e desenhos de projetos, provenientes de acervos particulares e institucionais do País e, principalmente, da coleção do próprio artista.
Resistir, Reexistir, coletiva no Galpão VB, São Paulo, até 18/3
A primeira mostra do programa de exposições de 2017 da Associação Cultural Videobrasil se volta para a produção em vídeo de artistas da América Latina que retomam a tradição da representação da paisagem em uma chave crítica, associando-a ao histórico de disputas territoriais na região.Com curadoria de Gabriel Bogossian, a exposição reúne doze obras de artistas como Cao Guimarães e Luiz Roque, além de um conjunto de fotografias documentais e entrevistas realizadas com pesquisadores e ativistas.
Nósoutros, individual de Bob Wolfenson no Anexo Millan, São Paulo, atá 24/2
A Galeria Millan apresenta uma nova exposição de fotografias de Bob Wolfenson – desta vez no espaço do Anexo Millan. Em Nósoutros, o paulistano apresenta um conjunto de 28 trabalhos feitos ao longo de quatro anos, em cerca de 15 cidades do mundo, sempre em esquinas, cruzamentos e faixas de pedestres. As imagens enfatizam transformações dos hábitos urbanos, múltiplos signos da moda e a pluralidade étnica nas grandes capitais. No texto que acompanha a exposição, Wolfenson coloca que sua intenção na nova série foi “criar painéis representativos de identidades humanas diversas, porém genéricas”.
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