Aluga-se: um passeio por uma galeria efêmera e fora do circuito tradicional de arte

O mercado de arte está “bombando”, como dizem alguns galeristas, colecionadores e curadores. O circuito de arte segue a euforia geral também movida pelo sucesso político e o reconhecimento internacional do Brasil de hoje.

Movidos pelo entusiasmo, um grupo de artistas tomou de assalto uma casa da década de 1950, no Alto de Pinheiros, e a transformou numa charmosa galeria temporária para abrigar a coletiva Aluga-se, com 33 artistas-curadores que decidiram, eles mesmos, de que forma e onde iriam expor seus trabalhos. O resultado surpreende não só pela coerência, mas também pelo resultado formal. Trata-se de uma ocupação racionalista, limpa e de montagem impecável, resultado do esforço contínuo de uma comunidade de artistas que não quer só fazer arte, mas sobretudo pensar arte.

Jardins, corredores, salas, cozinha e banheiros, enfim quase nenhum espaço da charmosa residência escapou dos artistas que optaram pela criação autogestada de um espaço fora do circuito oficial de museus e galerias. Inventiva, a coletiva deixa de lado o padrão consagrado para exposições e trata de abrir novas trilhas. De jovens artistas como Renato Pera a outros mais maduros como Yara Dewachter Aluga-se posiciona-se de maneira singular transformando o local de exposição em uma plataforma de debates também aberta ao público. L.A


Aluga-se Av. São Gualter, 1941. Alto de Pinheiros, São Paulo.
De terça a domingo, das 12 às 19 h. Durante o período da mostra, serão realizadas palestras, leituras de portfólios, workshops com os membros do grupo e artistas interessados, além de críticos convidados.



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