Após primeira edição tímida, ArtBh anuncia datas para 2016

A ArtBh – Feira de Arte Moderna e Contemporânea, em sua primeira edição, começou tímida. Sem muita divulgação e com um modesto catálogo, a feira foi abrigada no Minas Centro, em um antigo e bonito prédio de eventos de Belo Horizonte, e terminou na última terça-feira (26). Participaram nove galerias de Belo Horizonte, duas do Rio, duas de São Paulo e uma de Brasília. O público total foi de 8712 visitantes. 

A ampla área destinada ao evento favoreceu a montagem dos estandes e a apresentação das obras expostas. Muitas coisas a acertar, como a sinalização para a visita à feira. Ainda com fraca representação de galerias de outros estados nesta primeira edição, a ArtBh já tem data para 2016 –  de 1º a 5 de junho – no mesmo local. Segundo os organizadores, deve dobrar de tamanho.

“Estou indo para São Paulo para buscar mais de 40 galerias para a próxima edição, e estou indo em junho para Basel, na Suíça, para ver o que estão fazendo por lá e o que as pessoas estão indo ver”, diz Nilso Farias, realizador do evento.  

A carioca Silvia Cintra, dona da Galeria Silvia Cintra + Box 4, esteve na ArtBh e ressalta que qualquer iniciativa para levar pessoas às artes é louvável. “Muitas pessoas que visitaram a feira nunca estiveram em um evento do gênero e ficaram encantadas”, diz Silvia. “O público foi mais local, de Belo Horizonte, e não de fora, que pega um avião para ir a uma feira. Com o passar do tempo isso deve acontecer”.

Para Lucio Albuquerque, da mineira Celma Albuquerque Galeria de Arte, lembra que Minas Gerais é o terceiro mercado consumidor de arte do Brasil. E pondera: “O objetivo da ArtBh não é ser grande como a SP-Arte ou a ArtRio. Pode até vir a ser. Fora do País existem feiras de arte menores, em cidades pequenas da Europa. Elas têm a vantagem, por exemplo, de serem menos cansativas”.

Miguel Felmanas, da Pro Arte Galeria, de São Paulo, destaca a oportunidade de contato pessoal com os colecionadores propiciada pela feira: “Nossos negócios realizados com clientes de Belo Horizonte, ou de outras cidades de Minas, muitas vezes são realizados sem conhecermos o cliente. Nem sabemos quem comprou. O negócio se faz por e-mail, imagens e depósito bancário”, conta. Manoel Macedo, da Manoel Macedo Arte, de Belo Horizonte, faz coro: “A feira nos ajuda a ter maior visibilidade no mercado local. E também se torna um elo para finalizar um negócio”.

O marchand Val de Almeida Jr. afirma que Minas começa a acompanhar o interesse nacional pela arte contemporânea. Beatriz Lemos de Sá, da galeria mineira Lemos de Sá Galeria de Arte, defende que a ArtBh não é só para os colecionadores de arte, que vão a qualquer feira pelo País. “É para um público novo, um nicho pequeno de novos colecionadores, que não frequenta feira”.

Sérgio Gonçalves, da galeria que leva seu nome, no Rio de Janeiro, diz que a capital mineira tem “um número expressivo de visitação a exposições institucionais”. Existe uma sede de visitar arte por aqui. Estou aprendendo a lidar com o colecionador mineiro. Ele pensa, fala que vai pensar até o dia seguinte. ‘Vou pensar’ é a frase dos mineiros”.

Veja abaixo uma galeria com imagens da feira:




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