Arnaldo e a tecnologia

A prova de que a arte e a ciência se completam, como afirmava Leonardo da Vinci (1452-1519), é a obra Infinitozinho, tirada de um poema-escultura do compositor e artista plástico Arnaldo Antunes, e que se tornou o primeiro nanopoema feito no Brasil. A versão original do Infinitozinho foi feita em 2003, especialmente para II Bienal do Mercosul, que ocorreu em Porto Alegre. Trata-se de uma escultura formada por uma sequência de letras recortadas em madeira e organizadas verticalmente, resultando numa obra de seis metros de altura. Sua transformação em nanopoema é mais um voo de Arnaldo, em parceria com os cientistas da Unicamp, na busca da reinvenção do uso de mídias não-usuais para realizar uma obra de arte.

Agora, o Infinitozinho transformou-se num minúsculo elemento, quatro mil vezes mais fino do que um fio de cabelo. A referência é o nanômetro que mede um bilionésimo de metro. Traduzindo em miúdos, é como se fosse um grão de areia numa praia de mil quilômetros de extensão. Essa experiência tecnológica de ponta tinha mesmo de chegar à produção de Arnaldo Antunes. Há anos ele desenvolve uma intensa interação entre várias formas artísticas e os novos meios.
[nggallery id=15231]


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.