Arte contemporânea sob martelo

Em 24 de outubro, a Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, sob a idealização e organização de Thiago Gomide, levou a leilão 223 lotes entre arte contemporânea, fotografias, móveis e objetos de designers famosos e também street art, dos quais mais de 78% foram vendidos. A arte contemporânea colaborou com 83,68% desse total, seguida pelos 14,18% dos itens de design e 2,14% da street art.

No total, foram movimentados quase R$ 4 milhões naquela tarde de sábado, por uma plateia acima dos 40 anos, diversificada em estilos e que lotava as 220 cadeiras. Estavam lá: Vânia Toledo, Edgar de Souza, Roberto Muylaert, Luisa Strina, Ricardo Boechat, João Pedrosa, Charlô Whately, Arnaldo Jabor, entre tantos outros de igual brilho. Cabe ressaltar que dentro de cada categoria oferecida foram arrematados 82,27% em arte contemporânea; 81,25% em design; 78,48% em street art, de seus respectivos totais.

O tom pitoresco ficou por conta de obras retratando o presidente Lula, que causaram constrangimento ao leiloeiro, mas arrancaram gargalhadas da plateia quando a pergunta soou no salão: “Quanto me dá por Lulinha paz e amor?”. Ficou difícil cobrir o preço de base na frente da plateia.

Os destaques foram as obras: Reversal Black Marilyn, da série Pictures of Diamond Dust, de Vik Muniz, que foi arrematada por R$ 161 mil; Metros 1, de Cildo Meireles, vendido por R$ 140 mil; e as duas obras não arrematadas de Janaina Tschäpe, cujo trabalho tem sido bem cotado em Nova York. O público que superlotou a sala de leilão também ocupou as cadeiras do lado de fora, que até poderia ser uma área para os minguados fumantes presentes. No mais, água mineral e cafezinho à vontade. Sinal dos tempos.

“Para Duncan”
A colaboração entre a Galeria Millan e a Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, nas figuras de seus representantes André Millan e Thiago Gomide, rendeu não só uma excepcional oportunidade para a compra de trabalhos dos mais renomados artistas plásticos contemporâneos de vanguarda, quanto uma soma considerável para o beneficiado.

Com mais de 65% das obras vendidas, somando um total de quase R$ 300 mil, foram a leilão em 5 de outubro, na sala de leilões da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, em São Paulo, obras doadas pelos próprios artistas representados pelas galerias: Forte Vilaça, Luciana Brito, Luisa Strina, Vermelho e Millan. Participaram também os artistas Bob Wolfenson, Carlito Carvalhosa e Lenora de Barros.


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