Arteaméricas vira a mesa na oitava edição

O mercado de arte internacional ganha fôlego e disputa fama com as bienais internacionais. A arteaméricas de Miami mudou sua estrutura administrativa e chega à oitava edição, revigorada, reunindo um conjunto representativo de obras de artistas jovens e de consagrados. Acima de tudo, muito disposta a conquistar novas galerias e colecionadores que estiveram ausentes neste ano, como os do Brasil.

O conceito que norteia a arteaméricas é o de aumentar cada vez mais a qualidade das obras. Do outro lado do balcão, os galeristas participantes de qualquer procedência, querem realizar suas ambições comerciais. Afinal, eles estão falando de um negócio que envolve bilhões de dólares em mais de 600 feiras em todo o mundo.
[nggallery id=15217]

Organizada no Centro de Convenções de Miami, no mesmo espaço onde ocorre a Art Basel, a pioneira arteaméricas sob a direção geral de Dora Valdés-Faulí e assessoria de Othón Castañeda tem pontos fortes. Exibiu obras de qualidade de artistas como León Ferrari, Bedia, Gustavo Armentia, Soto, ao lado das de jovens nos quais estão apostando.

Os interesses da arteaméricas transcendem as vendas. Os debates organizados pela crítica novaiorquina Julia Herzberg deixaram claro que há uma vontade de integração deste evento com os outros países da América. Seria bom que a feira envolvesse cada vez mais os críticos de todas as tendências e não apenas os de perfis acadêmicos.

Ao adotar o critério de seleção de obras enviadas pelas galerias, arteaméricas conseguiu uma filtragem considerável e assim melhorar a qualidade. Como se sabe, todas as exposições coletivas de grande porte como uma feira, ou uma bienal, têm resultados heterogêneos, mas mesmo assim merecem ser visitadas. Como crítica de arte eu também frequento várias feiras, porque sempre há boas surpresas, como as que tive nesta edição da arteaméricas sob a presidência de Leslie Pantín, Jr. e Emilio Calleja. Um dos fatos divertidos de um evento dessa natureza é descobrir o gosto artístico do país anfitrião e perceber as preferências dos consumidores de arte.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.