ArteBA, a consolidada manifestação de arte da Argentina

A ArteBa, a mais consolidada manifestação de arte da Argentina, abre sua 20ª edição dobrando a aposta que fez no ano passado. O diagnóstico do mercado é otimista e as tendências da produção artística parecem receber cada vez mais a atenção do colecionismo dos museus e de instituições locais, que vêem na feira uma oportunidade de aumentar seu acervo. Os artistas, os principais protagonistas do evento, com uma adesão quase unânime, hoje operam como agentes das mudanças da cultura contemporânea, onde não há mais local específico, romântico ou ortodoxo para fazer circular a arte. Feiras de arte ou bienais estão sob o mesmo foco. Este é um conceito problemático que se coloca para o sistema de arte internacional nos dias de hoje.

A edição deste ano deve suplantar os 125 mil visitantes do ano passado, entre eles 300 convidados estrangeiros de peso entre colecionadores, mecenas, diretores e curadores de coleções internacionais e museus, além de críticos e jornalistas especializados. Como nas edições anteriores, a arteBA movimenta os pavilhões de La Rural e, entre 19 e 22 deste mês, receberá galerias estrangeiras, a maioria da América Latina, mas também da Europa e dos Estados Unidos. Enfim, busca unir galerias e instituições de arte, com estruturas de percepção que possam dar um panorama da produção e de como e por quem está sendo concebida.
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Do Brasil, País que sempre tem prestigiado a arteBA, há uma forte adesão de galerias de Minas como Lemos de Sá e Murilo Castro, Vermelho de São Paulo e Progetti do Rio de Janeiro.

Um dos marchands brasileiros entusiastas da arteBA é Oscar Cruz, da galeria de mesmo nome, que participa da feira há quatro anos. “Todas as feiras que pudermos mostrar a arte contemporânea é importante, somado a isso é uma boa oportunidade não apenas para mostrar arte brasileira, mas também para descobrirmos mais artistas argentinos”, conta. A Oscar Cruz tem no seu elenco dez artistas argentinos e é a segunda que mais comercializa argentinos no exterior. Um dos motivos que o impulsiona é a possibilidade de fazer bons negócios com a arte da Argentina, que tem qualidade e preços baixos, se comparados aos do Brasil.

Pela primeira vez, artistas do Brasil poderão participar do concurso Arcos Dorados, destinado a artistas com idade entre 18 e 35 anos, de cinco países: Brasil, Costa Rica, Peru, Porto Rico e Venezuela. Os cinco primeiros colocados estarão expostos na arteBA e concorrerão ao prêmio que soma US$ 48 mil no total, sendo que o vencedor receberá US$ 16 mil.


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