“Em geral, os festivais preferem ficções, mas os documentários também têm compromisso com a estética, a linguagem, e são encravados na realidade”, discursou em agradecimento o diretor do vencedor do Urso de Ouro, o principal prêmio da Berlinale 2016 pelo documentário Fuocoammare, que retrata a tragédia que se abate sobre os imigrantes que buscam a Europa em busca de refúgio.
“Tudo o que quis foi colocar na tela a tragédia dos imigrantes, que está sendo o genocídio de nossa época, e a generosidade dos habitantes da ilha de Lampedusa. São pescadores que acolhem o que o mar lhe dá”, discursou.
Diretora do júri, Meryl Streep foi só elogios ao filme de Rosi: “Gianfranco Rosi vai ao coração daquilo que a Berlinale quer: a defesa da vida, da dignidade humana”.
O Urso de Prata ficou com o franco-bósnio Death in Sarajevo, de Danis Tanovic, sobre os protestos dos funcionários de um hotel de luxo que não recebem seus salários enquanto diplomatas preparam uma comemoração do centenário da Primeira Guerra Mundial.
Confira os outros vencedores:
Urso de Ouro: Fuocoammare, de Gianfranco Rosi
Urso de Prata: Death in Sarajevo, de Danis Tanovic
Urso de Prata de Melhor Diretor: Mia Hansen-Love, L’Avenir
Urso de Prata de Melhor Atriz: Trine Dyrholm, The Commune
Urso de Prata de Melhor Ator: Majd Mastoura, Hedi
Urso de Prata de Melhor Roteiro: Tomasz Wasilewski, United States of Love
Urso de Prata de Melhor Contribuição Artística: Crosscurrent, de Yang Chao
Melhor filme de estreia: Hedi, de Mohamed Ben Attia
Prêmio Alfred Bauer para filmes que abrem novas perspectivas: A Lullaby to the Sorrowful Mystery, de Lav Diaz
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