Bloco de super-heróis ocupa centro histórico de Olinda

Bloco dos super-heróis, em Olinda - Foto: Luciano Nascimento/Agência Brasil
Bloco dos super-heróis, em Olinda – Foto: Luciano Nascimento/Agência Brasil

O centro histórico de Olinda (PE) amanheceu neste domingo (15) ocupado por uma infinidade de super-heróis para o encontro do bloco Enquanto isso, na Sala de Justiça.

Desde o início da manhã, os fantasiados começaram a ocupar o Alto da Sé, onde tradicionalmente o bloco se concentra, para participar daquele que há 20 anos faz a alegria das manhãs de domingo do Carnaval de Olinda.

A família dos empresários Márcio Soares e Natali Carvalho estava na galeria dos inúmeros super-heróis que promoveram mais um dia de alegria no Carnaval. Ele, fantasiado de Homem de Ferro, ela, de Mulher Maravilha, e os dois filhos, Maria Clara, 9 anos, e Márcio Filho, 4 anos, de Capitã e Capitão América. “Sou foliã de Olinda, e os meus filhos vão seguir o mesmo caminho. O Carnaval daqui é muito bom pela irreverência e criatividade”, disse Natali.

“É bom porque você pode trazer as crianças. Nesse bloco cada um vem com o super-herói que gosta”, completou Soares revelando que quem determina a fantasia na família são as crianças. “No ano passado eles pediram o Homem Aranha, este ano o Homem de Ferro”, disse.

Mas nem só de heróis convencionais é formado o bloco. Os advogados Ricardo e Selma Valongueiro saíram vestidos de supercaranguejos. “A gente sai com essa fantasia para fazer um alerta sobre a destruição do mangue e dos mananciais, a gente se sente como defensor do mangue”, revelou Selma.

A sátira tambem se fez presente com os pernambucanos Roberto Ferreira e Ana Lúcia Borges. Eles encarnaram duas torneiras vazias e apelidaram as fantasias de Retirantes do Cantareira, em alusão a um dos sistemas de abastecimento de água de São Paulo, catalisador de uma crise de abastecimento de água no estado.

Perguntado sobre qual superpoder é necessário para vencer a falta d’água, Roberto não titubeou: “a alegria acima de tudo, apesar da crise”. “A gente quis fazer uma brincadeira com a situação, mas não deseja que os paulistanos fiquem sem água”, disse.

O desfile do Enquanto isso, na Sala de Justiça teve ainda um duelo de Homem Aranha. Em um dos momentos mais esperados do bloco, duas versões do personagem simularam uma briga, ao descerem, de rapel, de um prédio da cidade.

Até a quarta-feira de cinzas, mais de 500 atrações devem circular nas ladeiras da cidade histórica.


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