Bienais ou feiras? Para os artistas, participar de um desses eventos representa alavancar sua obra. A cada dia, bienais estão ficando com a cara das feiras e vice-versa. Desde a edição passada, a Bienal de Arte Contemporânea de Lyon e a feira DocksArtFair, da mesma cidade, decidiram se unir e inaugurar na mesma semana e no mesmo bairro, suas aguardadas edições.
O cenário desta festa dupla é o novo bairro de Lyon, considerado por seus habitantes símbolo urbano do século 21. Tendo como palco o mesmo quadrilátero, ambos os eventos vão somar público e esforços. A DocksArtFair chega à sua terceira edição diferenciada das demais feiras. As 40 galerias internacionais que vão disputar cada colecionador em potencial exibirão um artista em cada estande e não vários, como ocorre em outros eventos semelhantes. Anualmente, concede o Prêmio Montblanc Docks Art Fair a um dos artistas presentes na feira, eleito pelo Comitê de Seleção. Do outro lado da calçada, a Bienal não vai premiar ninguém.
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Além do cenário como apelo, é preciso que se lembre que Lyon está localizada numa região rica em espaços dedicados à arte contemporânea, além de museus, instituições culturais e escolas de arte. Os organizadores contam com a sinergia entre todas as instituições, que já preparam sua programação para receber artistas, críticos de arte, galeristas, diretores de museus e, é claro, o público.
Como ambos os eventos acontecerão em setembro, ainda não há, por parte da Bienal, a esperada lista dos artistas e por parte da DocksArtFair, o elenco de galerias internacionais. A Bienal de Lyon segue comandada pelo francês Thierry Raspail, que tem como curadora da 11ª. edição a artista argentina Victoria Noorthoorn, enquanto que a DocksArtFair é coordenada por Patricia Houg. O que há de concreto até agora é o namoro inusitado e estratégico entre uma feira e uma bienal, duas instituições que já foram consideradas, num passado recente, como antagônicas. L.A.
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