Em paralelo à abertura da 32ª Bienal de São Paulo, diversas instituições culturais e galerias inauguram exposições na capital paulista. Abaixo seguem algumas mostras indicadas pela revista. A programação completa pode ser conferida no Guia Arte & Cultura São Paulo 2016, produzido pela ARTE!Brasileiros. O guia pode ser acessado neste link e também adquirido na Livraria Cultura e na livraria Travessa, localizada dentro do pavilhão da Bienal.
OrdeMha, individual de Lourival Cuquinha na Baró Galeria, São Paulo, até 22/10
A individual de Lourival Cuquinha é composta por trabalhos inéditos em diversos formatos e dimensões, desde ocupações no espaço expositivo da galeria até vídeos, projeções e instalações. O artista expõe obras que discutem o atual momento político do Brasil, além de fatos recentes da história nacional, como o ocorrido em Mariana, Minas Gerais, e a vida dos povos que habitam regiões como o Xingu afetadas pela construção da usina de Belo Monte.
Calder e a Arte Brasileira, individual de Alexander Calder no Itaú Cultural, São Paulo, até 23/10
Com curadoria de Luiz Camillo Osorio, a mostra traz à tona a influência do artista norte-americano Alexander Calder (1898-1976) na formação do neoconcretismo no Brasil. Com 60 obras no espaço expositivo, a exposição revela – além de importantes trabalhos da trajetória de Calder – produções de 14 artistas brasileiros marcados direta ou indiretamente pela produção do escultor, como Abraham Palatnik, Antonio Manuel, Cao Guimarães e Rivane Neuenschwander.
Barro, individual de Miguel Rio Branco no anexo da Galeria Millan, São Paulo, até 1/10
O Anexo Millan apresenta Barro, a nova individual do artista Miguel Rio Branco, um dos mais destacados fotógrafos brasileiros do cenário contemporâneo e o único a integrar a agência de fotografia Magnum, fundada por Cartier-Bresson e Robert Capa em 1947. A mostra no Anexo Millan reúne cerca de 22 trabalhos de Rio Branco realizados do início da década de 1980 até recentemente
Os Muitos e o Um, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, até 23/10
A exposição é organizada a partir da coleção de Andrea e José Olympio Pereira. Com curadoria do norte-americano Robert Storr, a mostra apresenta cerca de trezentas peças – pintura, desenho, escultura, instalação e vídeo – de mais de cem artistas brasileiros, como Waltercio Caldas, Iran Espírito Santo, Anna Maria Maiolino, Claudia Andujar, Luiz Braga e Leonilson.
Cru do Mundo, individual de Ivens Machado no Pivô, São Paulo, até 5/11
Com curadoria de Kiki Mazzucchelli, a exposição O cru do mundo reúne um conjunto de esculturas, vídeos e desenhos com foco nas duas primeiras décadas da produção de Machado. Conhecido por sua obra escultórica, na qual emprega materiais característicos da construção civil popular (concreto, vergalhões, cacos de vidro, etc), o artista iniciou sua carreira na década de 1970 no Rio de Janeiro, tendo como interlocutores nomes como a artista Anna Bella Geiger e os críticos de arte Fernando Cochiaralle e Paulo Herkenhoff.
O globo da morte de tudo, Sesc Pompeia, São Paulo, até 6/11
O Sesc Pompeia apresenta a instalação O globo da morte de tudo, de Nuno Ramos e Eduardo Climachauska. O projeto é pensado há mais de quatro anos, a partir do ritual da dádiva, da oferenda, existente em sociedades primitivas. Consiste em dois globos de aço sobrepostos e unidos por um ponto. Estes globos estarão conectados a quatro paredes de prateleiras de aço, com seis metros de altura, nas quais serão depositados mais de 1.500 objetos, comprados, coletados e doados por amigos e conhecidos ao longo do processo de criação.
Akram Zaatari – Amanhã vai ficar tudo bem, Associação Cultural Videobrasil, São Paulo, até 3/12
A Associação Cultural Videobrasil realiza a primeira exposição individual do artista libanês Akram Zaatari no Brasil. Um dos mais importantes artistas libaneses em atividade, Akram Zaatari é autor de uma obra que reflete sobre as relações complexas entre acervos visuais e a política, o desejo e a memória. A mostra apresenta seis videoinstalações nas quais essas relações emergem uma vez mais e constroem uma imagem da nossa época, tal como vista do Líbano contemporâneo.
Situ #5, site-specific de Sandra Gamarra, até3/12 | As Fantásticas Viagens de Energia, individual de Gabriel Acevedo Velarde, até 15/10 | Ambos na Galeria Leme, São Paulo
A Galeria Leme apresenta o quinto site-specific comissionado para o projeto SITU, curado por Bruno de Almeida, que dá continuidade a uma investigação sobre formas de pensar e discutir a produção do espaço urbano através de um diálogo entre arte, arquitetura e cidade. Nesta edição, a artista peruana Sandra Gamarra concebe uma obra que se relacione com o exterior do edifício da galeria e também com o espaço público contíguo. A galeria também apresenta a mostra As Fantásticas Viagens da Energia, do artista peruano Gabriel Acevedo Velarde. Ele cria uma estrutura frágil de display sob a forma de um corredor que ecoa um espaço burocrático genérico e um mausoléu.
O útero do mundo, Museu de Arte Moderna, São Paulo, até 18/12
A mostra reúne cerca de 280 obras pertencentes ao acervo do MAM que mostram a indomabilidade e as metamorfoses do corpo. Com curadoria da escritora e crítica de arte Veronica Stigger, as produções selecionadas – num universo de mais de cinco mil trabalhos da coleção do museu – são de variados suportes como fotografia, pintura, vídeo, gravura, desenho, escultura e performance de mais de 120 artistas que revelam um corpo que não respeita a anatomia e liberto de amarras biológicas e sociais.
Portugal Portugueses – Arte Contemporânea, Museu Afro Brasil, até 8/01/2017
A mostra reúne alguns dos principais artistas portugueses da atualidade e pretende aproximá-los do universo cultural brasileiro. As influências interculturais de Portugal, África e Brasil, nascidas com o antigo império português e aprofundadas decisivamente pela escravidão, são redesenhadas na perspectiva contemporânea. No museu, 270 obras – pinturas, esculturas, fotografias e instalações – compõem um amplo panorama da arte lusitana realizado no Brasil, nos últimos anos. Entre os destaques, Coração Independente Vermelho, instalação de Joana Vasconcelos, e Plataforma, de Miguel Palma.
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