No apagar das luzes, Obama conquistou o título de Papai Noel do ano – ao lado do Papa Francisco.
Convenhamos: Obama foi macho. Perdeu a maioria para os republicanos na Câmara e no Senado, mas não se apequenou. Concebeu uma jogada política de mestre, com profundo simbolismo religioso. No dia do aniversário do papa, a uma semana do Natal ele deu um banho de esperança na humanidade que assistiu a tantas desgraças em 2014. Obama mostrou que é possível superar barreiras ideológicas para beneficiar um povo.
Obama é o Nelson Mandela americano. Impedido de acabar com o embargo sozinho, pois é uma lei que só pode ser derrubada pelos parlamentares, ele fez o que estava ao seu alcance, deu o primeiro passo. E o efeito não foi muito menor do que o do primeiro passo do homem na Lua.
Palmas também para o Papa que, tal como Obama em Washington, vive sob fogo cerrado dos conservadores do Vaticano, mas atuou com firmeza em defesa dos cubanos. Parafraseando uma conhecida palavra de ordem das passeatas contra a ditadura, “Obama e Papa unidos jamais serão vencidos.”
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