A pequena cidade de Basel, à beira do Reno, na Suíça, em junho se transforma. O público, nacional e internacional, vai especialmente para visitar as inúmeras exposições programadas para esta época, nos diferentes museus da cidade. Na Fundação Beyeler, a mostra Serra – Brancusi / Brancusi – Serra, simplesmente inesquecível, arrastou muitas pessoas. Art Basel é superior a começar pela mostra de Francis Bacon, na galeria Marlbourough, com obras expressivas do pintor inglês. Outras mostraram Andy Warhol, Anish Kapoor, Calder, Cildo Meireles, Lygia Clark – inúmeros artistas da mesma constelação. O vento soprado pela crítica e pelos altos índices de venda colocam os suíços no topo do mercado internacional. Isso é resultado da intensificação de seus contatos com instituições, fundações e museus que atuam dentro da ampliada geopolítica financeira atual. Cada vez mais as feiras se aproximam das bienais, enquanto palco e platéia. Para isso, organizam exposições paralelas pensadas por curadores de renome, que resultam em mostras de valor incontestável como a Art Unlimited. Na Basileia aconteceram ao mesmo tempo, VOLTA7, confluência de artistas emergentes; e Liste 16, com jovens talentos. Além disso, Basel turbina o evento com debates sobre os caminhos da arte contemporânea, com profissionais como Jay Sanders, curador de NY. Nas Conversações, um dos temas abordados foi: “Como os Museus podem fazer para colecionar?”. Este tema é recorrente e debatido em outros eventos de arte, como na última edição da arteBA, em Buenos Aires. Para reforçar a audiência, há ainda uma programação intensa de filmes de arte. Como nas bolsas de valores, as feiras são os barômetros do mercado de arte e todo mundo quer saber quem, como e para quem foram vendidas as grandes apostas do ano. Tudo isso porque, como se sabe, o mercado, por sua natureza, sempre foi fechado. Porém, nos cinco dias da feira você pode se informar mais sobre os bastidores do que durante todo o ano, como diria Leo Castellli – um dos mais consagrados galeristas da história, em entrevista para a editora da ARTE!Brasileiros em 1982, durante a Bienal de Veneza.
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