Um museu com histórias reais e fictícias sobre migração e imigração, resquícios de um rio que sumiu e a tentativa frustrada de um drone voar para espiar a metrópole. A partir do dia 16, às 14h, as obras que são resultado do trabalho de seis artistas serão apresentadas na 10º Residência Artística do Red Bull Station, que acontece na Praça da Bandeira, no centro de São Paulo.
Temas pertinentes da vida na cidade estão em algumas das obras, criadas pelo gaúcho Cezar Sperinde, o cearense Ícaro Lira, o espanhol Lot Amorós, o paulista Pedro Cappeletti, e as mineiras “Sara Não Tem Nome” e Vanessa de Michelis. O grupo passou 16 semanas trabalhando no prédio histórico no centro de São Paulo, onde a exposição será montada.
Sob curadoria de Fernando Velasquez, a exposição coletiva ficará aberta à visitação gratuita até 13 de junho e ocupará a galeria principal, o porão e outros espaços do Red Bull Station. “O centro de São Paulo é um lugar com muitas questões, que aparecem em alguns trabalhos, mas a mostra não tem um tema comum entre os participantes. Durante a seleção dos artistas, procuramos dar conta de um amplo espectro de pesquisas e linguagens”, explica Velazquez.
O artista Ícaro Lira apresentará um desdobramento do trabalho exibido recentemente na Oficina Cultural Oswald de Andrade, exposição intitulada Museu do Estrangeiro. Trata-se de um questionamento sobre os museus como instituições e de uma investigação artística sobre os vários ciclos de migração e imigração da cidade de São Paulo, a partir de documentos, objetos, anotações e depoimentos.
Já Pedro Capelletti se dedicou a mostrar a relação do prédio do Red Bull Station com a água dos rios que correm embaixo dele. Em uma instalação no porão do edifício, o artista demarcará com tubos transparentes a altura em que se encontrava a água em tempos em que o prédio estava desativado.
O espanhol Lot Amorós apresentará uma obra na qual um drone, preso a elásticos, faz infrutíferas tentativas de alçar voo. A investigação desenvolvida pelo artista durante a residência, que inclui o mapeamento aéreo do Parque Augusta, questiona a proliferação destes dispositivos.
Em uma atitude experimental em relação ao seu próprio repertório, Sara Não Tem Nome mostrará ao público faixas de seu primeiro disco. A artista, que trabalha com fotografia e artes visuais, resolveu formar uma banda e gravar 12 faixas autorais. Na galeria principal, a artista criará o ambiente para um show imaginário. Instrumentos, amplificador, microfone, mesas, objetos, figurino e uma cadeira vazia, insinuam a atmosfera de um show que nunca acontecerá.
Serviço – 10ª Residência Artística do Red Bull Station
Praça da Bandeira, 137 – Centro – São Paulo/SP
16 de maio a 13 de junho
das 14h às 17h
Ter. à sex., das 11h às 20h. Sáb., das 11h às 19h. Grátis.
(11) 3107.5065
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