Em cartaz no Itaú Cultural, a mostra A Arte da Lembrança – A Saudade na Fotografia Brasileira conta com imagens produzidas desde a década de 1930 até os dias de hoje. Segundo a assessoria do Itaú, desde sua abertura, a mostra tem recebido cerca de 1000 visitantes por dia.
“A ideia da exposição é um reflexo do que eu penso sobre a saudade, é uma extensão do meu olhar. Então não tem um ponto de vista doloroso. Traz um ponto de vista de algo que perdemos em algum momento, o que sentimos olhando a fotografia, mesmo sem saber que estamos sentindo. Tem um percurso entre saudade e lembrança, que é a nostalgia. A gente costuma dizer que não existe a palavra saudade em outras línguas, mas existe sim. Muito mais ligada a nostalgia”, explica Diógenes Moura, curador da mostra.
Provocando os diversos sentidos do ser humano, a exposição é composta por trabalhos em diferentes formas de mídia — nos dois andares que ocupa. A fotografia divide espaço com a música, a poesia, entre outras expressões culturais.
Entre essas obras, um projeto da aparelhagem de som mais antiga da cidade de Belém (PA), chamada “Diamante Negro” e datada de 1950. A aparelhagem era usada em bailes da saudade na época. Além das fotografias comuns em papel, a exposição conta com as imagens costuradas de Nario Barbosa e a um trabalho de sobreposição de imagens feita pela artista Elza Lima.
O espaço conta com trabalhos de 36 artistas. “Quando se faz uma exposição coletiva há um grande risco, o fato de se tornar aquilo um varejo. Então temos no mínimo duas imagens de cada fotógrafo e na narrativa da exposição uma imagem encontra a outra”, conta Diógenes.
A sonoridade que compõe a exposição varia entre o brega paraense e barulhos de natureza, além de poemas recitados pelo próprio curador da mostra, Diógenes Moura, em uma sala mais reservada.
A mostra fica em cartaz até o dia 8 de março. Leia mais na nossa Agenda!B.
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