Nos últimos anos, Bogotá se consolidou como um centro das artes na América Latina, atraindo investidores estrangeiros, além de possuir fortes instituições privadas e públicas voltadas a disseminação das artes plásticas. Um dos principais eventos que reforça a importância da capital colombiana é a feira ARTBO, que acontece de 27 a 30/10.
Criada em 2005 como parte de um projeto da Câmara do Comércio para posicionar Bogotá no mapa das artes latino-americano e fortalecer a cena nacional, a feira chega agora a sua 12ª edição, reunindo 74 galerias de 24 cidades do mundo todo. Neste ano, um dos destaques é a ampla participação brasileira, que conta com oito galerias: Athena Contemporânea, Blau Projects, Eduardo Fernandes, Fortes Vilaça, Jaqueline Martins, Luisa Strina, Raquel Arnaud e Vermelho.
A feira cresceu significativamente nos últimos anos, trazendo nesta edição sete seções, além da principal: Proyectos, Referentes, Artecámara, Articularte, Libro de artista, Sitio e Foros. Na seção de Projetos, que tem curadoria de Jens Hoffman, serão apresentadas pinturas que exploram a figura humana. Já o eixo Referentes, explora obras de artistas que romperam paradigmas da história da arte e se tornaram grandes referências na arte contemporânea.
A seção Artecámara é uma exposição não comercial dentro da feira, que traz os trabalhos de 24 artistas jovens que não são representados por galerias. Em Libro de artista, o público terá acesso ao mercado emergente dos livros de artista, representado por 16 editoras. Já no eixo Foro, a curadora mexicana Magali Arriola e o artista Mario García Torres promovem discussões sobre o estatuto da arte contemporânea. Por fim, o projeto Sitios organizará intervenções ao longo da feira.
Em entrevista à ARTE!Brasileiros (confira a matéria aqui), a diretora da feira María Paz Gaviria, fala sobre a importância do evento e a visibilidade da arte colombiana. “As artes plásticas aqui são fortes há muito tempo. O ponto é que agora estão sendo vistas, e não necessariamente porque haja melhores artistas. Certamente existe uma produtividade maior, mas que tem a ver com uma melhor estrutura, com visibilidade, com intercâmbio internacional e a existência de muito mais galerias e curadores. Isso permite que mais gente se dedique à arte, viva de arte”.
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