Não está fácil para a cultura no Brasil. A cada dia nos deparamos com notícias que tentam destruir o que de melhor pode existir para um país: a possibilidade de pensar, refletir e, por consequência, formar seres críticos. Na contramão deste cenário encontramos iniciativas que resistem a este desmanche. No início de março, a Fundação Paula e Silvio Frota abriu o Museu da Fotografia em Fortaleza. Hoje, em Tiradentes, Minas Gerais, abre o 7º Festival de Fotografia.
Até domingo (26), exposições, palestras e workshops vão apresentar possibilidades de linguagem fotográfica que nos últimos anos vêm inundando bienais e festivais no mundo. Para Eugênio Sávio, professor, fotógrafo e idealizador do evento, a reflexão e o pensamento estão na base do encontro.
Dentre as novidades para este ano, está a exposição Oriente Risco, com destaque para a fotografia nordestina: “essa mostra é uma releitura de outra exposição que aconteceu em Fortaleza durante o [festival de fotografia] Encontros de Agosto. Ao invés de trazê-la tal como estava, resolvemos dar-lhe um novo olhar curatorial, que ficou por conta de Gabriela Sá, João Castilho e Pedro David”, relata Sávio.
A mostra Ficções, com curadoria de Madu Dorella, Mônica Maia e Anna Karina Bartolomeu, apresenta o resultado de uma convocatória que reuniu 384 inscritos. Foram analisadas 1.720 fotos, de 18 Estados brasileiros e de sete países (Alemanha, Argentina, Equador, França, Irlanda, México e Venezuela). Do total, foram selecionados 44 fotógrafos.
Durante o evento, serão lançados livros como o dos fotógrafos paraenses Elza Lima e Guy Veloso e o da paulistana Inês Bonduki, vencedora da segunda edição do prêmio Foto em Pauta para livro de Fotografia, organizado em parceria com a editora Tempo d’Imagem e a Ipsis Gráfica e Editora.
Palestras gratuítas e workshops também estão na grade e colaboram para que o panorama da produção fotográfica na contemporaneidade seja compreendido.
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