A feira India Art Summit ocorreu entre 20 e 23 de janeiro em Nova Delhi, com a participação de 84 galerias, de 20 países. A feira contou ainda com uma vasta programação como o Parque de Esculturas, Video Lounge, Curadoria de Projetos de Arte e Performances ao vivo, entre outros. Um dos pontos altos da India Art Summit foi um intenso programa de palestras, bastante concorrido. O motivo do tão cobiçado assento para ouvir-se às mesas redondas era a seleção dos participantes, entre eles, Anish Kapoor, Hans Ulrich Obrist, Dan Graham, Hou Hanru, Homi Bhabha, além de grandes nomes da cena artística local, como a crítica de arte Geeta Kapur e os artistas Jitish Kallat e Subodh Gupta.
Esta sede pelo diálogo direto com a arte contemporânea pôde ainda ser saciada na maratona de entrevistas realizada por Hans Ulrich Obrist no dia 22, coordenada por KHOJ, organização independente dedicada à arte contemporânea. Neste evento, que ocorreu num período de 12 horas, Obrist entrevistou grandes nomes do país, protagonistas da aclamada arte contemporânea indiana produzida nos últimos 50 anos. A arte se espalhou por toda a cidade em diversas mostras coletivas como em Against All Odds, na Lalit Kala Akademy, além das organizadas pelas galerias como a Nature Morte, com uma mostra individual de Subodh Gupta. A inauguração do museu privado Kiran Nadar foi uma das grandes sensações com a apresentação seleta de seu acervo, composto por obras primas da produção de arte moderna e contemporânea indiana. A Alkazi Foundation exibiu seu acervo histórico de fotografias dos séculos XIX e XX, com mais de 90 mil imagens. A famosa Devi Art Foundation exibiu uma mostra em que a arte popular e a contemporânea dialogavam. Neste local houve a festa de encerramento da India Art Summit, digna de um filme de Hollywood.
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O público brasileiro poderá conferir o vigor e a criatividade da arte indiana em outubro próximo, quando será inaugurada, no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, uma ampla exposição que abrange a arte antiga, popular e contemporânea. Esta mostra concebida para o Brasil segue em 2012 para São Paulo e Brasília, quando as familiaridades entre a arte indiana e brasileira poderão ser confrontadas.
Tereza de Arruda é historiadora de arte e curadora independente desde 1989 em Berlim, onde estudou história da arte na Universidade Livre de Berlim
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