Com o projeto do artista Edson Chagas, Luanda, Cidade Enciclopédica, dedicado a capital do país, pela primeira vez Angola participa da Bienal de Veneza. Além de debutar na secular bienal italiana, Angola tem novo motivo para celebrar. A mostra de Chagas foi anunciada hoje pelo presidente da bienal, Paolo Baratta, a grande vencedora do Leão de Ouro de Melhor Representação Nacional.
Na frente de paredes e portas das ruas de Luanda, Chagas fotografou vários objetos: mesas, vassouras, caixas, cadeiras estragadas, bolas, pedaços de manequins, tênis e garrafas, recriando a paisagem urbana. O fotógrafo também imprimiu centenas de cópias de imagens e as distribuiu nas salas do Palazzo Cini, no Bairro de Dorsoduro, proporcionando ao espectador um diálogo com a coleção de arte antiga de Vittorio Cini.
Patrocinado e encomendado pelo Ministério da Cultura de Angola, o Pavilhão Angolano, na 55ª Bienal de Veneza, tem curadoria da angolana Paula Nascimento e do italiano Stefano Rabolli Pansera, do Beyond Entropy Ltd, estúdio de pesquisas de arquitetura e urbanismo, presente em países da Europa, do Mediterrâneo e da África, que intervém em crises territoriais, e propõe a utilização da energia como ferramenta de estímulo a concepção de novas formas de arquitetura.
A exposição de Edson Chagas reúne 23 fotos e dá continuidade a pesquisa do Beyond Entropy em Luanda, que teve início com o projeto apresentado em Veneza pelo jovem fotógrafo. Chagas nasceu na capital angolana, em 1977, é formado em fotojornalismo pela London College of Communication e foto-documentário pela Universidade de Newport, nos Estados Unidos. Artista em ascensão no cenário internacional, Chagas desenvolve trabalhos de temática social e investiga relações entre tempo e espaço.
Leia mais na ARTE!Brasileiros de julho
Deixe um comentário