A Sharjah Art Foundation anunciou nesta quarta-feira (30) a escolha da libanesa Christine Tohmé como curadora da 13ª Bienal de Sharjah, que acontecerá em março de 2017. Tohmé é diretora fundadora da Ashkal Alwan, a Associação Libanesa de Artes Plásticas, criada em 1993. Uma organização sem fins lucrativos, a instituição apoia a arte contemporânea por meio de diversas iniciativas, entre elas a plataforma multidisciplinar Home Works: A Forum of Cultural Practices, que Tohmé criou em 2001.
Em 2006, a curadora, que vive em Beirute, recebeu o Prince Claus Award, em reconhecimento às suas iniciativas de apoio à produção e crítica de arte locais. Criado em 1997, o prêmio holandês é concedido anualmente a indivíduos e organizações da Ásia, África, América Latina e do Caribe, por suas ações nos campos da cultura e do desenvolvimento social. Tohmé também ganhou o CCS Bard Audrey Irmas Award for Curatorial Excellence, de 2015. Há 17 anos a láurea é concedida pelo Centro de Estudos Curatoriais do Bard College, dos Estados Unidos, e a lista de ganhadores inclui Okwui Enwezor, curadora da 56ª Bienal de Veneza, e ainda Catherine David, Charles Esche e Hans Ulrich Obrist, entre outros.
Em comunicado enviado à imprensa, a presidente da Sharjah Art Foundation, Sheikha Hoor Al-Qasimi destacou que as “contribuições substanciais [de Tohmé] ao desenvolvimento e direção do cenário cultural do Oriente Médio vêm sendo reconhecidas tanto regional quanto internacionalmente”. No mesmo texto, a curadora ressalta que a “Sharjah Art Foundation se tornou uma voz forte e atenta no diálogo acerca da arte contemporânea que está acontecendo não apenas na região mas também internacionalmente. Os projetos que a Fundação tem produzido desde sua origem agora são importantes pontos de referência no diálogo entre artistas e pares em todo o mundo. Estou empolgada por fazer parte desta história e espero expandir esse diálogo em 2017.
A 12ª Bienal de Sharjah, que aconteceu entre 5 de março e 5 de junho deste ano, teve como curadora a sul-coreana Eungie Joo, que havia sido diretora de arte e programas culturais do Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais.
Leia também:
Deixe um comentário