MAM-Rio anuncia na semana que vem substituto de Luiz Camillo Osorio

Luiz Camillo Osorio, curador do MAM-Rio/Foto: Divulgação
Luiz Camillo Osorio, curador do MAM-Rio/Foto: Divulgação

O professor e crítico de arte Luiz Camillo Osorio vai deixar em dezembro a curadoria do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio). Há seis anos na função, Camillo, que foi curador do Pavilhão do Brasil da 56ª Bienal de Veneza, vai assumir a direção do departamento de filosofia da PUC-Rio. “Estava postergando há seis anos, desde que comecei no MAM”, explica o curador, que continuava trabalhando como professor na universidade carioca, não somente dando aulas, mas também fazendo pesquisa e orientando trabalhos acadêmicos. “Havia sido liberado da parte administrativa, mas há um rodízio na PUC e agora eu sou a bola da vez. A única coisa que pedi foi que pudesse ficar no MAM até o fim do ano”. Com a saída de Camillo, sua assistente, Marta Mestre, também deixa o cargo no fim do ano.

Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand, presidente do MAM, promete anunciar na semana que vem o substituto do curador. “Camillo assumiu em 2009, quando Reynaldo Roels morreu. Frederico Coelho foi seu primeiro assistente, em seguida veio a Marta. Foi um período extremamente frutífero”, afirma Chateaubriand, destacando as exposições de Louise Bourgeois (2011) e Alberto Giacometti (2012), e ainda a mostra feita em parceria com o MoMA PS1, realizada em 2013. “O próximo curador é alguém que conhece bem arte brasileira e arte contemporânea. Mas, além de um substituto para o cargo, acho que seria interessante, a partir de 2016, convidar anualmente dois jovens curadores que façam exposições com releituras de nosso acervo. Há pouca gente com a experiência de gestão de uma coleção do nosso porte, de 15 mil obras, e estamos ficando velhos. É uma obrigação de instituição como o MAM colocar os novos curadores em contato com seu acervo”.

Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand, presidente do MAM-Rio/Foto: Divulgação
Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand, presidente do MAM-Rio/Foto: Divulgação

Além das mostras citadas por Chateaubriand, Camillo ressalta as exposições dedicadas a Elisa Bracher (2011) e Nan Goldin (2012) – “exposições de risco, que somente um museu como o MAM pode fazer” -, além das publicações, os seminários e os cursos realizados desde que assumiu a curadoria do museu carioca, assim como o prêmio PIPA, que na semana passada anunciou a vencedora deste ano, a artista plástica baiana Virginia de Medeiros. “Continuo vinculado a algumas exposições que acontecem no ano que vem, como a individual de Gabriela Machado, programada para março, e a mostra Alexander Calder e a Arte Brasileira, feita em parceria com a Calder Foundation, de Nova York, e outras coleções, que acontece entre julho e setembro. O museu segue, com agenda cheia”, conclui.

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