Ovos cozidos com impressões digitais, o “sopro” do artista num balão, pedestal que transforma pessoas em obras de arte e até fezes enlatadas e etiquetadas como se tivessem saído de uma linha de produção são alguns dos itens da lista de obras da mostra Piero Manzoni, importante nome da arte contemporânea mundial, que o Museu de Arte Moderna de São Paulo produz, em parceria com a Fondazione Manzoni de Milão, e apresenta de 7 de abril (abertura às 20 horas) a 21 de junho.
Com curadoria de Paulo Venâncio Filho, a exposição reúne 28 obras dos últimos anos de vida do artista e também sua fase mais expressiva, que sintetiza o intenso período de trabalho de 1957 a 1963, quando morreu precocemente aos 29 anos, vítima de um infarto.
“Não é possível compreender a arte do pós-Segunda Guerra Mundial sem a figura incomparável de Piero Manzoni e sua breve e intensa trajetória artística”, explica o curador.
Manzoni ousou ao experimentar diversos pigmentos e materiais e alcançou a fama, principalmente, pela série Merda d’Artista, em que defecou em 90 pequenas latas e as etiquetou. Manzoni imprimiu as próprias impressões digitais em ovos cozidos e permitiu que os espectadores os comessem durante a exposição, em pouco mais de uma hora. Também designou um pedestal de “mágico” porque as pessoas que subiam nele tornavam-se, instantaneamente, obras de arte, assim como os corpos nus que, com sua assinatura, viravam trabalhos artísticos, fornecendo ainda certificados de autenticidade.
Serviço
Piero Manzoni
Curadoria: Paulo Venâncio Filho
Onde: MAM-SP, sala Paulo Figueiredo, Parque do Ibirapuera, av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 3, tel.: 00xx11-5085.1300 ou 00xx11-5085.1313;
Quando: Abertura: 7 de abril (terça-feira), às 20h, visitação entre 8 de abril e 21 de junho;
Quanto: R$ 6,00 – gratuita aos domingos.
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