Morto aos 70 anos, Airton Queiroz possuía uma das maiores coleções de arte do País

O empresário Airton Queiroz. Foto: Auro Soares/Divulgação
O empresário Airton Queiroz. Foto: Auro Soares/Divulgação

Grande mecenas do Nordeste, o empresário cearense Airton Queiroz, 70, faleceu na última segunda-feira (3/7). Queiroz estava internado há mais de três meses devido a um câncer pulmonar. Filho do empresário Edson Queiroz e de dona Yolanda Queiroz, ele construiu uma das maiores coleções de arte do País, com cerca de 700 peças.

São obras que vão do século XVII até o presente, incluindo nomes como Pierre-Auguste Renoir, Frans Post, Candido Portinari e contemporâneos como Hélio Oiticica e Tunga. A primeira obra adquirida pelo empresário foi uma tela do cearense Antônio Bandeira, por quem ele possuía grande admiração. Parte desses trabalhos pode ser vista agora no Espaço Cultural Unifor, instituição cultural da Fundação Universidade de Fortaleza, fundada, em 1988, por Edson Queiroz.

Segundo o curador José Roberto Teixeira, o que chama atenção na coleção de Airton é a qualidade do acervo. “Ele não comprou apenas um Renoir, ele adquiriu um bom Renoir, o que é difícil. O mesmo acontece com Di Cavalcanti, um pintor de altos e baixos, do qual Airton conseguiu obter os melhores”, afirma.

Além de atuar no ramo universitário, o Grupo Edson Queiroz está presente nos ramos da comunicação, detentora da concessão da TV Globo no Ceará e do jornal Diário do Nordeste, além do setor de água mineral, gás natural e eletrodomésticos.

A Fundação Edson Queiroz também acaba de patrocinar o catálogo raisonné de Leonilson, artista cearense tido como um dos grandes nomes da chamada Geração 80.  Uma seleção das obras de Leonilson também pode ser vista no Espaço Cultural Unifor, numa exposição que reúne 128 trabalhos de todas as fases de sua carreira.


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