A 31ª Bienal de São Paulo começou no sábado (6), no parque do Ibirapuera. A ideia dos curadores foi convidar artistas que retratassem conflitos do mundo de hoje.
A mostra tem instalações, fotos, pinturas e filmes em que os artistas convidados expressam temas atuais.
Esta é uma Bienal que não evita assuntos polêmicos, como religião, sexualidade e feminismo. “A 31ª Bienal se entende como eminentemente contemporânea, em diálogo com o presente: com a situação atual na cidade de São Paulo, com o Brasil, com a América do Sul, e, além do seu contexto imediato, com o mundo”, diz o material de divulgação.
Dentro da temática, o coletivo Mujeres Creando, da Bolívia, realiza uma procissão-performance – pública e participativa – dentro do pavilhão. A ideia é promover um ambiente de discussão e diálogo com a ajuda de um enorme útero ambulante. Em pauta estão as implicações do aborto, da colonização do corpo feminino e o que pode significar a decisão soberana, o livre-arbítrio e a liberdade de consciência em uma democracia contemporânea.
No espaço, o público se senta e ouve a depoimentos de mulheres que resolveram interromper voluntariamente uma gestação, dentro da instalação – uma armação enorme de metal que representa duas pernas abertas e alguns úteros, cercados de panos vermelhos. É nesse lugar, que representa simbolicamente onde um futuro bebê se alojaria, que as depoentes reivindicam o direito ao próprio corpo.
Serviço
31ª Bienal de São Paulo
de 6 de setembro a 7 de dezembro
terça, quinta, sexta, domingo e feriados: das 9h às 19h;
quarta e sábado: das 9h às 22h; fechado às segundas
no Pavilhão da Bienal (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, parque do Ibirapuera
entrada livre
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