O Museu do Amanhã abriu nesta semana a exposição Respeito, que apresenta 62 projetos de artistas, urbanistas e cidadãos do mundo que identificaram os principais gargalos da capital fluminense e formularam propostas para temas variados como regularização fundiária, arborização, além de temas mais subjetivos, como gestos de carinho, atendimento a moradores de rua, com objetivo sempre de respeito às diferenças.
Os projetos fazem parte do concurso de ideias Designing Respect, que é feito pela primeira vez no Rio de Janeiro e objetiva discutir os problemas urbanos e já teve edições em Nova York (EUA), em 2014; e Londres (Inglaterra), no ano passado. A mostra fica no Museu do Amanhã até o dia 23 e tem o objetivo de levar o público a refletir sobre o respeito e a gentileza em suas variadas manifestações.
A exposição é promovida em parceria com o Theatrum Mundi, rede de pessoas com base em Nova York e Londres e que promove projetos, encontros e pesquisas em cidades de todo o mundo e organiza o concurso anual; e o People’s Palace Projects (PPP), centro de pesquisa artística independente, sediado na Universidade de Londres, que promove a prática e o entendimento da arte para a justiça social.
Convivência
O editor de Conteúdo do Museu do Amanhã, Emanuel Alencar, disse que a convivência é um dos pilares éticos da instituição. O outro é a sustentabilidade. “A preocupação principal do Museu do Amanhã é o visitante estar sempre estimulado a refletir como parte da ação da transformação. O objetivo é que o visitante saia daqui com mais questões e dúvidas do que quando entrou. Não trazer respostas definitivas, nem receitas de como deve agir mas, ao contrário, ele se colocar como agente transformador, sempre pensando em horizontes possíveis e futuros possíveis”, disse. A mensagem principal, diz Alencar, é que o futuro não está dado, mas é resultado de ações que as pessoas entendem hoje.
Nessa linha, Alencar diz que a exposição mostra ações e projetos que têm como foco lugares onde todos podem compartilhar respeito em meio às diferenças e a convivência aparece de forma significativa e como ideia central. O editor de Conteúdo diz que no momento em que o mundo vive uma crise civilizatória, com predomínio do egoísmo, o museu compartilha essa exposição convidando os visitantes a repensar os caminhos no sentido de garantir, não a continuidade da Terra como planeta, “mas a perpetuação da nossa espécie e a garantia de um meio ambiente equilibrado para futuras gerações”.
Temas
O júri que escolhou os 11 projetos de maior destaque foi formado por especialistas de vários segmentos da cultura. Os 62 projetos estão divididos em temas como acessibilidade, oportunidade, política, visibilidade e memória. Eles podem ser conhecidos também no sitewww.designingpolitics.org/designing-respect. Alencar disse que, além dos painéis com fotos e textos onde estão exibidos, os projetos podem ter seus detalhes observados por meio de conteúdos interativos, disponibilizados no local.
Com classificação etária livre, a exposição no Museu do Amanhã tem entrada gratuita às terças-feiras. De quarta-feira a domingo, os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), na bilheteria do museu. Às segundas-feiras o museu é fechado.
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