Quando a Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage foi criada pela Secretária Estadual de Cultura do Rio de Janeiro, em 1975, e entregue à gestão luminar de Rubens Gerchman (1942-2008), o futuro artista plástico Marcio Botner tinha 5 anos de idade. Aluno da EAV no começo dos anos 1990, Botner voltou a integrar a rotina da escola, como professor, entre 2004 e 2012. Desde junho de 2014, ele preside a Oca Lage, organização social responsável pela gestão da EAV e também da Casa França-Brasil, dirigida agora pelo crítico Pablo Léon de la Barra. Com o controle da Oca Lage, a EAV parece ter alcançado a tão sonhada estabilidade operacional perseguida ao longo de seis anos por Claudia Saldanha, ex-diretora da escola. Em julho de 2014, ela pediu demissão da EAV e foi substituída, a convite de Botner, pela jornalista, crítica e curadora Lisette Lagnado.
Em entrevista à ARTE!Brasileiros no palacete que sedia a EAV, Botner e Lisette recordaram episódios históricos da instituição e defenderam a manutenção de um programa capaz de atrair o público flutuante do Parque Lage, que muitas vezes ignora a existência da escola. “Aos finais de semana, o parque recebe uma média de 4 a 5 mil visitantes por dia. Nossa ideia é ocupar os espaços externos e aproximar esse público. No momento em que estudei aqui (entre 1991 e 1994), a escola enfrentava sérias dificuldades financeiras e quase sofreu ação de despejo. A EAV tem agora a oportunidade de alcançar um grupo maior de pessoas”, diz Botner.
Eventos como o Domingo no Parque – que reunirá performances, atrações musicais, espetáculos teatrais e atividades educativas – devem antecipar o objetivo do presidente da Oca Lage. Iniciado no dia 1° deste mês de março, em celebração aos 450 anos do Rio de Janeiro, o Domingo no Parque promoverá encontros mensais até setembro de 2015, ocasião em que serão encerradas as celebrações aos 40 anos da escola carioca, palco de exposições históricas para a arte contemporânea brasileira, como a coletiva Como Vai Você, Geração 80?. Realizada ao longo de um mês, entre julho e agosto de 1984, a mostra reuniu 123 artistas e deu maior visibilidade a talentos como Leda Catunda, Beatriz Milhazes, Leonilson, Sérgio Romagnolo, Chico Cunha, Daniel Senise, Angelo Venosa, Jorge Duarte e Frida Baranek. Eternizado como locação de dois clássicos do Cinema Novo, Terra em Transe, de Glauber Rocha, e Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, o Parque Lage foi também reduto de influentes artistas e intelectuais, como Mario Pedrosa, Helio Eichbauer, Roberto Magalhães, Celeida Tostes, Gastão Manoel Henriques, Claudio Tozzi, Sergio Santeiro e Lélia Gonzalez.
Celebrado por Botner, o atual momento de estabilidade é propício para a EAV alçar novos voos, mas, segundo ele, a continuidade desse caminho ascendente dependerá de esforços coletivos. “Para esse ‘Taj Mahal’ da cultura continuar existindo, todos nós teremos de cuidar dele. Somos nós, cidadãos, os maiores responsáveis pela EAV.”
*Fotos Pedro Agilson/Oca lage
No lançamento do livro Una Isi Kayawa – Livro da cura, em 2014, foi apresentada uma dança coletiva dedicada à cultura do povo Huni Kuin, também conhecido como Kaxinawá, maior população indígena do Rio Jordão, no Acre
Tina Velho, artista e coordenadora do Núcleo de Arte e Tecnologia da EAV, coordenou com os artistas Pablo Lobato, Paula Trope, Vitor Cesar e Yuri Firmeza, a oficina Arquivo em movimento, do programa EAVerão. O acervo de 186 pedras litográficas, algumas datando do início do século passado, foram doadas à Escola de Artes Visuais do Parque Lage pela gráfica carioca Real Grandeza. Os artistas-professores exploraram, documentaram e deram visibilidade a um universo gráfico de produtos, como o Leite de Rosas, a Confeitaria Colombo, bebidas Antarctica, embalagens de remédios variados, cartazes de propaganda
Leitura crítica dos trabalhos contou com a presença, entre outros, dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’anna e Pedro Rocha – Foto: Pedro Agilson
Leitura crítica dos trabalhos contou com a presença, entre outros, dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’anna e Pedro Rocha – Foto: Pedro Agilson
Performance de Ronald Duarte nA festa de lançamento e batismo da Oca Lage, no final de maio do ano passado.
Na ocasião, os mais de mil visitantes fizeram um percurso artístico por sete instalações em meio ao Parque Lage
Seleção de cartazes impressos na EAV, na gestão do artista Rubens Gerchman 1975-1979, dentro dO projeto Memória Lage, selecionado pelo edital Petrobras/2012. São mais de 12 mil documentos do acervo, como gravuras, cartazes, catálogos e fotografias
Taj Mahal da cultura
Em 1859, o terreno que hoje sedia o Parque Lage foi comprado pelo empresário Antonio Martins Lage. Treze anos após a sua morte, em 1900, seus herdeiros venderam o espaço para o médico César de Sá Rabello. Apenas sete anos mais tarde, em 1920, o empresário Henrique Lage, neto de Antonio, readquiriu a propriedade. Homem culto e devoto das artes, Henrique decidiu construir para sua mulher, a cantora lírica italiana Gabriella Besanzoni, um suntuoso palacete, com projeto arquitetônico de Mario Vodrel. Até ser transferido para o poder público, nos anos 1950, como forma de saldar dívidas do empresário, o palacete foi palco de efervescentes saraus e reuniões culturais de toda natureza. O gesto apaixonado de Henrique justifica a analogia feita por Botner, que trata a edificação como um “Taj Mahal da cultura”, em referência ao mausoléu construído no século XVII, na Índia, pelo imperador mongol Shah Jahan para Aryumand Banu Begam, sua esposa predileta.
A partir de 1965, o palacete do Parque Lage passou a sediar o IBA – Instituto de Belas Artes. Criado em 1950, na ocasião da transferência do IBA para a nova sede, a Secretária de Cultura do Rio de Janeiro chegou a sondar a arquiteta Lina Bo Bardi para projetar espaços expositivos e, eventualmente, conduzir um processo de renovação do instituto. O episódio é recordado na conversa com Lisette Lagnado, a atual diretora da EAV. “Quando Lina saiu da Bahia, foi chamada para trabalhar no IBA e propôs a criação de pavilhões expositivos no Parque Lage. Nesse projeto, não realizado, é possível reconhecer a engenhosidade vernacular que caracteriza o trabalho dela. Lina também foi chamada para dirigir e repensar o IBA, o que também não deu certo. Dez anos depois, Gerchman transformou a EAV em uma verdadeira escola.”
Nascida em Kinshasa, no Zaire, em 1961, Lisette Lagnado veio com a família para o Brasil, em 1975. Em São Paulo, nos anos 1980, foi editora da revista Arte em São Paulo, criada pelo artista Luiz Paulo Baravelli. Em 1993, a mostra A Presença do Ready-Made, sua primeira experiência curatorial, venceu o prêmio APCA na categoria Melhor Exposição. Naquele mesmo ano, meses após a morte do artista cearense, Lisette deu início ao Projeto Leonilson, realizou a mostra Leonilson – São Tantas as Verdades e publicou, pela editora DBA, o livro de mesmo nome.
Entre 1999 e 2002, ela coordenou as pesquisas do portal Programa Hélio Oiticica. Desenvolvido pelo Instituto Itaú Cultural, o site disponibiliza para pesquisadores de todo o mundo cerca de 80% da produção teórica de Oiticica. O universo do artista carioca também inspirou, em 2006, outro projeto divisor na trajetória de Lisette, a curadoria geral da 27ª Bienal de São Paulo, cujo tema, Como Viver Junto, propôs diálogos com o Programa Ambiental de Oiticica. Em 2010, a convite do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, em Madri, na Espanha, ela assinou a curadoria da mostra Drifts and Derivations: Experiences, Journeys and Morphologies.
Lisette dirige agora uma estrutura capaz de acolher de 900 a 2 mil alunos por ano, em cursos variados. O principal, Práticas Artísticas Contemporâneas, é gratuito, tem duração de nove meses e grade diária de 10 horas. Além dele, há também atividades pagas, como cursos livres, de curta duração e práticas em ateliê. Implantado por Lisette, o Programa Curador Visitante promoverá atividades anuais com jovens curadores residentes no Rio de Janeiro. Ela explica que novidades como essas serão constantes, para possibilitar a retomada do caráter provocador e inventivo da EAV. “Por muito tempo, a EAV foi tratada como guichê público. A pessoa tinha R$ 200 mil para fazer uma exposição e a oferta era aceita sem nenhum critério. Desde que assumimos, todas as exposições passaram a ter curadoria – e continuarão dessa forma. Estamos trabalhando agora com cinco jovens curadores: a portuguesa Marta Mestre, a chilena Daniela Labra, o gaúcho, Bernardo de Souza, e os cariocas Bernardo Mosqueira e Luisa Duarte.” Primeira exposição resultante desse novo programa, a coletiva Encruzilhada foi curada por Mosqueira, reúne 80 trabalhos, 70 artistas e permanece em cartaz até 23 de março.
Em 2016, Lisette também pretende instituir um novo curso de estudos curatoriais, que deverá ganhar o nome História das Exposições. Doutora em Filosofia pela USP e ex-docente do curso de pós-graduação em Artes Visuais da Faculdade Santa Marcelina, Lisette considera a pesquisa contínua fundamental não só para os teóricos, mas também para os criadores: “Não trabalho com a ideia do artista como gênio. Ele pode até ter talento, mas tem de batalhar por repertório. Precisa saber o que os outros fizeram antes”, defende.
Leitura crítica dos trabalhos contou com a presença, entre outros, dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’anna e Pedro Rocha – Foto: Pedro Agilson
Leitura crítica dos trabalhos contou com a presença, entre outros, dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’anna e Pedro Rocha – Foto: Pedro Agilson
Leitura crítica dos trabalhos contou com a presença, entre outros, dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’anna e Pedro Rocha – Foto: Pedro Agilson
Leitura crítica dos trabalhos contou com a presença, entre outros, dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’anna e Pedro Rocha – Foto: Pedro Agilson
Leitura crítica dos trabalhos contou com a presença, entre outros, dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’anna e Pedro Rocha – Foto: Pedro Agilson
Por ocasião do lançamento do livro ”Una Isi Kayawa – Livro da cura” (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Dantes Editora), em julho de 2014, com uma semana de eventos dedicada à cultura do povo Huni Kuin, também conhecido como Kaxinawá, maior população indígena que habita a região do Rio Jordão, no Acre, foi construída uma oca no Parque Lage. Chamada de chamada Kupixawa, “a casa grande de encontros”, nos moldes da arquitetura usada pelo povo Huni Kuin, ela mede 12 metros de diâmetro por 10 metros de altura – Foto: Pedro Agilson
Por ocasião do lançamento do livro ”Una Isi Kayawa – Livro da cura” (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Dantes Editora), em julho de 2014, com uma semana de eventos dedicada à cultura do povo Huni Kuin, também conhecido como Kaxinawá, maior população indígena que habita a região do Rio Jordão, no Acre, foi construída uma oca no Parque Lage. Chamada de chamada Kupixawa, “a casa grande de encontros”, nos moldes da arquitetura usada pelo povo Huni Kuin, ela mede 12 metros de diâmetro por 10 metros de altura – Foto: Pedro Agilson
Por ocasião do lançamento do livro ”Una Isi Kayawa – Livro da cura” (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Dantes Editora), em julho de 2014, com uma semana de eventos dedicada à cultura do povo Huni Kuin, também conhecido como Kaxinawá, maior população indígena que habita a região do Rio Jordão, no Acre, foi construída uma oca no Parque Lage. Chamada de chamada Kupixawa, “a casa grande de encontros”, nos moldes da arquitetura usada pelo povo Huni Kuin, ela mede 12 metros de diâmetro por 10 metros de altura – Foto: Pedro Agilson
Por ocasião do lançamento do livro ”Una Isi Kayawa – Livro da cura” (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Dantes Editora), em julho de 2014, com uma semana de eventos dedicada à cultura do povo Huni Kuin, também conhecido como Kaxinawá, maior população indígena que habita a região do Rio Jordão, no Acre, foi construída uma oca no Parque Lage. Chamada de chamada Kupixawa, “a casa grande de encontros”, nos moldes da arquitetura usada pelo povo Huni Kuin, ela mede 12 metros de diâmetro por 10 metros de altura – Foto: Pedro Agilson
Por ocasião do lançamento do livro ”Una Isi Kayawa – Livro da cura” (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Dantes Editora), em julho de 2014, com uma semana de eventos dedicada à cultura do povo Huni Kuin, também conhecido como Kaxinawá, maior população indígena que habita a região do Rio Jordão, no Acre, foi construída uma oca no Parque Lage. Chamada de chamada Kupixawa, “a casa grande de encontros”, nos moldes da arquitetura usada pelo povo Huni Kuin, ela mede 12 metros de diâmetro por 10 metros de altura – Foto: Pedro Agilson
Por ocasião do lançamento do livro ”Una Isi Kayawa – Livro da cura” (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Dantes Editora), em julho de 2014, com uma semana de eventos dedicada à cultura do povo Huni Kuin, também conhecido como Kaxinawá, maior população indígena que habita a região do Rio Jordão, no Acre, foi construída uma oca no Parque Lage. Chamada de chamada Kupixawa, “a casa grande de encontros”, nos moldes da arquitetura usada pelo povo Huni Kuin, ela mede 12 metros de diâmetro por 10 metros de altura – Foto: Pedro Agilson
Por ocasião do lançamento do livro ”Una Isi Kayawa – Livro da cura” (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Dantes Editora), em julho de 2014, com uma semana de eventos dedicada à cultura do povo Huni Kuin, também conhecido como Kaxinawá, maior população indígena que habita a região do Rio Jordão, no Acre, foi construída uma oca no Parque Lage. Chamada de chamada Kupixawa, “a casa grande de encontros”, nos moldes da arquitetura usada pelo povo Huni Kuin, ela mede 12 metros de diâmetro por 10 metros de altura – Foto: Pedro Agilson
Por ocasião do lançamento do livro ”Una Isi Kayawa – Livro da cura” (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Dantes Editora), em julho de 2014, com uma semana de eventos dedicada à cultura do povo Huni Kuin, também conhecido como Kaxinawá, maior população indígena que habita a região do Rio Jordão, no Acre, foi construída uma oca no Parque Lage. Chamada de chamada Kupixawa, “a casa grande de encontros”, nos moldes da arquitetura usada pelo povo Huni Kuin, ela mede 12 metros de diâmetro por 10 metros de altura – Foto: Pedro Agilson
Por ocasião do lançamento do livro ”Una Isi Kayawa – Livro da cura” (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Dantes Editora), em julho de 2014, com uma semana de eventos dedicada à cultura do povo Huni Kuin, também conhecido como Kaxinawá, maior população indígena que habita a região do Rio Jordão, no Acre, foi construída uma oca no Parque Lage. Chamada de chamada Kupixawa, “a casa grande de encontros”, nos moldes da arquitetura usada pelo povo Huni Kuin, ela mede 12 metros de diâmetro por 10 metros de altura – Foto: Pedro Agilson
Tina Velho e alunos
Tina Velho (artista e coordenadora do Núcleo de Arte e Tecnologia da EAV) coordenou com os artistas Pablo Lobato, Paula Trope, Vitor Cesar e Yuri Firmeza, a oficina Arquivo em movimento, do programa EAVerão. O acervo de 186 pedras litográficas, algumas datando do início do século passado, foram doadas à Escola de Artes Visuais do Parque Lage pela gráfica carioca Real Grandeza, e o quinteto de artistas-professores buscou explorar, documentar e dar visibilidade a um universo gráfico que testemunha as relações entre o desenho e o comércio através dos rótulos de seus produtos, como o Leite de Rosas, a Confeitaria Colombo, bebidas Antarctica, balas da fábrica Bhering, embalagens de remédios variados, cartazes de propaganda etc. – Foto: Pedro Agilson
Tina Velho e alunos
Tina Velho (artista e coordenadora do Núcleo de Arte e Tecnologia da EAV) coordenou com os artistas Pablo Lobato, Paula Trope, Vitor Cesar e Yuri Firmeza, a oficina Arquivo em movimento, do programa EAVerão. O acervo de 186 pedras litográficas, algumas datando do início do século passado, foram doadas à Escola de Artes Visuais do Parque Lage pela gráfica carioca Real Grandeza, e o quinteto de artistas-professores buscou explorar, documentar e dar visibilidade a um universo gráfico que testemunha as relações entre o desenho e o comércio através dos rótulos de seus produtos, como o Leite de Rosas, a Confeitaria Colombo, bebidas Antarctica, balas da fábrica Bhering, embalagens de remédios variados, cartazes de propaganda etc. – Foto: Pedro Agilson
Tina Velho e alunos
Tina Velho (artista e coordenadora do Núcleo de Arte e Tecnologia da EAV) coordenou com os artistas Pablo Lobato, Paula Trope, Vitor Cesar e Yuri Firmeza, a oficina Arquivo em movimento, do programa EAVerão. O acervo de 186 pedras litográficas, algumas datando do início do século passado, foram doadas à Escola de Artes Visuais do Parque Lage pela gráfica carioca Real Grandeza, e o quinteto de artistas-professores buscou explorar, documentar e dar visibilidade a um universo gráfico que testemunha as relações entre o desenho e o comércio através dos rótulos de seus produtos, como o Leite de Rosas, a Confeitaria Colombo, bebidas Antarctica, balas da fábrica Bhering, embalagens de remédios variados, cartazes de propaganda etc. – Foto: Pedro Agilson
Tina Velho e alunos
Tina Velho (artista e coordenadora do Núcleo de Arte e Tecnologia da EAV) coordenou com os artistas Pablo Lobato, Paula Trope, Vitor Cesar e Yuri Firmeza, a oficina Arquivo em movimento, do programa EAVerão. O acervo de 186 pedras litográficas, algumas datando do início do século passado, foram doadas à Escola de Artes Visuais do Parque Lage pela gráfica carioca Real Grandeza, e o quinteto de artistas-professores buscou explorar, documentar e dar visibilidade a um universo gráfico que testemunha as relações entre o desenho e o comércio através dos rótulos de seus produtos, como o Leite de Rosas, a Confeitaria Colombo, bebidas Antarctica, balas da fábrica Bhering, embalagens de remédios variados, cartazes de propaganda etc. – Foto: Pedro Agilson
O Kupixawa tem sido usado para oficinas e celebrações, como as cerimônias de abertura e encerramento do programa EAVerão, coordenadas pelo artista e sacerdote do candomblé Aderbal Ashogun e Mãe Beata de Yemanjá, uma autoridade respeitada no assunto – Foto: Pedro Agilson
O Kupixawa tem sido usado para oficinas e celebrações, como as cerimônias de abertura e encerramento do programa EAVerão, coordenadas pelo artista e sacerdote do candomblé Aderbal Ashogun e Mãe Beata de Yemanjá, uma autoridade respeitada no assunto – Foto: Pedro Agilson
O Kupixawa tem sido usado para oficinas e celebrações, como as cerimônias de abertura e encerramento do programa EAVerão, coordenadas pelo artista e sacerdote do candomblé Aderbal Ashogun e Mãe Beata de Yemanjá, uma autoridade respeitada no assunto – Foto: Pedro Agilson
O Kupixawa tem sido usado para oficinas e celebrações, como as cerimônias de abertura e encerramento do programa EAVerão, coordenadas pelo artista e sacerdote do candomblé Aderbal Ashogun e Mãe Beata de Yemanjá, uma autoridade respeitada no assunto – Foto: Pedro Agilson
O Kupixawa tem sido usado para oficinas e celebrações, como as cerimônias de abertura e encerramento do programa EAVerão, coordenadas pelo artista e sacerdote do candomblé Aderbal Ashogun e Mãe Beata de Yemanjá, uma autoridade respeitada no assunto – Foto: Pedro Agilson
O Kupixawa tem sido usado para oficinas e celebrações, como as cerimônias de abertura e encerramento do programa EAVerão, coordenadas pelo artista e sacerdote do candomblé Aderbal Ashogun e Mãe Beata de Yemanjá, uma autoridade respeitada no assunto – Foto: Pedro Agilson
O Kupixawa tem sido usado para oficinas e celebrações, como as cerimônias de abertura e encerramento do programa EAVerão, coordenadas pelo artista e sacerdote do candomblé Aderbal Ashogun e Mãe Beata de Yemanjá, uma autoridade respeitada no assunto – Foto: Pedro Agilson
O Kupixawa tem sido usado para oficinas e celebrações, como as cerimônias de abertura e encerramento do programa EAVerão, coordenadas pelo artista e sacerdote do candomblé Aderbal Ashogun e Mãe Beata de Yemanjá, uma autoridade respeitada no assunto – Foto: Pedro Agilson
O Kupixawa tem sido usado para oficinas e celebrações, como as cerimônias de abertura e encerramento do programa EAVerão, coordenadas pelo artista e sacerdote do candomblé Aderbal Ashogun e Mãe Beata de Yemanjá, uma autoridade respeitada no assunto – Foto: Pedro Agilson
Clínica – com Lisette Lagnado e Marta Mestre
O programa EAVerão ofereceu leituras críticas dos trabalhos dos participantes, chamadas de “Clínicas”. Dentro do programa, houve uma tertúlia, aberta ao público, com a presença dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’Anna, Pedro Rocha e Domingos Guimaraens, entre outros – Foto: Pedro Agilson
Clínica – com Lisette Lagnado e Marta Mestre
O programa EAVerão ofereceu leituras críticas dos trabalhos dos participantes, chamadas de “Clínicas”. Dentro do programa, houve uma tertúlia, aberta ao público, com a presença dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’Anna, Pedro Rocha e Domingos Guimaraens, entre outros – Foto: Pedro Agilson
Clínica – com Lisette Lagnado e Marta Mestre
O programa EAVerão ofereceu leituras críticas dos trabalhos dos participantes, chamadas de “Clínicas”. Dentro do programa, houve uma tertúlia, aberta ao público, com a presença dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’Anna, Pedro Rocha e Domingos Guimaraens, entre outros – Foto: Pedro Agilson
Clínica – com Lisette Lagnado e Marta Mestre
O programa EAVerão ofereceu leituras críticas dos trabalhos dos participantes, chamadas de “Clínicas”. Dentro do programa, houve uma tertúlia, aberta ao público, com a presença dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’Anna, Pedro Rocha e Domingos Guimaraens, entre outros – Foto: Pedro Agilson
Clínica – com Lisette Lagnado e Marta Mestre
O programa EAVerão ofereceu leituras críticas dos trabalhos dos participantes, chamadas de “Clínicas”. Dentro do programa, houve uma tertúlia, aberta ao público, com a presença dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’Anna, Pedro Rocha e Domingos Guimaraens, entre outros – Foto: Pedro Agilson
Clínica – com Lisette Lagnado e Marta Mestre
O programa EAVerão ofereceu leituras críticas dos trabalhos dos participantes, chamadas de “Clínicas”. Dentro do programa, houve uma tertúlia, aberta ao público, com a presença dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’Anna, Pedro Rocha e Domingos Guimaraens, entre outros – Foto: Pedro Agilson
Clínica – com Lisette Lagnado e Marta Mestre
O programa EAVerão ofereceu leituras críticas dos trabalhos dos participantes, chamadas de “Clínicas”. Dentro do programa, houve uma tertúlia, aberta ao público, com a presença dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’Anna, Pedro Rocha e Domingos Guimaraens, entre outros – Foto: Pedro Agilson
Clínica – com Lisette Lagnado e Marta Mestre
O programa EAVerão ofereceu leituras críticas dos trabalhos dos participantes, chamadas de “Clínicas”. Dentro do programa, houve uma tertúlia, aberta ao público, com a presença dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’Anna, Pedro Rocha e Domingos Guimaraens, entre outros – Foto: Pedro Agilson
Clínica – com Lisette Lagnado e Marta Mestre
O programa EAVerão ofereceu leituras críticas dos trabalhos dos participantes, chamadas de “Clínicas”. Dentro do programa, houve uma tertúlia, aberta ao público, com a presença dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’Anna, Pedro Rocha e Domingos Guimaraens, entre outros – Foto: Pedro Agilson
Clínica – com Lisette Lagnado e Marta Mestre
O programa EAVerão ofereceu leituras críticas dos trabalhos dos participantes, chamadas de “Clínicas”. Dentro do programa, houve uma tertúlia, aberta ao público, com a presença dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’Anna, Pedro Rocha e Domingos Guimaraens, entre outros – Foto: Pedro Agilson
Clínica – com Lisette Lagnado e Marta Mestre
O programa EAVerão ofereceu leituras críticas dos trabalhos dos participantes, chamadas de “Clínicas”. Dentro do programa, houve uma tertúlia, aberta ao público, com a presença dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’Anna, Pedro Rocha e Domingos Guimaraens, entre outros – Foto: Pedro Agilson
Clínica – com Lisette Lagnado e Marta Mestre
O programa EAVerão ofereceu leituras críticas dos trabalhos dos participantes, chamadas de “Clínicas”. Dentro do programa, houve uma tertúlia, aberta ao público, com a presença dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’Anna, Pedro Rocha e Domingos Guimaraens, entre outros – Foto: Pedro Agilson
Obra-performance de Bob N
A festa de lançamento e batismo da Oca Lage, no final de maio de ano passado, ofereceu aos mais de mil visitantes um percurso artístico por sete instalações em meio ao Parque Lage. Um momento bem emocionante foi a performance “Nimbo-Oxalá”, de Ronald Duarte, que reuniu 40 pessoas vestidas de branco, cada uma carregando um extintor de incêndio, e um grupo de percussão liderado por Aderbal Ashogun. Em um determinado momento, todos os extintores foram acionados, promovendo uma enorme nuvem que recobriu os integrantes e parte do Parque. Os demais artistas que apresentaram trabalhos foram Arto Lindsay, Bob N, Brígida Baltar, João Penoni, Marta Jourdan e Ricardo Siri – Foto: Pedro Agilson
Obra-performance de Bob N
A festa de lançamento e batismo da Oca Lage, no final de maio de ano passado, ofereceu aos mais de mil visitantes um percurso artístico por sete instalações em meio ao Parque Lage. Um momento bem emocionante foi a performance “Nimbo-Oxalá”, de Ronald Duarte, que reuniu 40 pessoas vestidas de branco, cada uma carregando um extintor de incêndio, e um grupo de percussão liderado por Aderbal Ashogun. Em um determinado momento, todos os extintores foram acionados, promovendo uma enorme nuvem que recobriu os integrantes e parte do Parque. Os demais artistas que apresentaram trabalhos foram Arto Lindsay, Bob N, Brígida Baltar, João Penoni, Marta Jourdan e Ricardo Siri – Foto: Pedro Agilson
Obra-performance de Bob N
A festa de lançamento e batismo da Oca Lage, no final de maio de ano passado, ofereceu aos mais de mil visitantes um percurso artístico por sete instalações em meio ao Parque Lage. Um momento bem emocionante foi a performance “Nimbo-Oxalá”, de Ronald Duarte, que reuniu 40 pessoas vestidas de branco, cada uma carregando um extintor de incêndio, e um grupo de percussão liderado por Aderbal Ashogun. Em um determinado momento, todos os extintores foram acionados, promovendo uma enorme nuvem que recobriu os integrantes e parte do Parque. Os demais artistas que apresentaram trabalhos foram Arto Lindsay, Bob N, Brígida Baltar, João Penoni, Marta Jourdan e Ricardo Siri – Foto: Pedro Agilson
Obra-performance de Bob N
A festa de lançamento e batismo da Oca Lage, no final de maio de ano passado, ofereceu aos mais de mil visitantes um percurso artístico por sete instalações em meio ao Parque Lage. Um momento bem emocionante foi a performance “Nimbo-Oxalá”, de Ronald Duarte, que reuniu 40 pessoas vestidas de branco, cada uma carregando um extintor de incêndio, e um grupo de percussão liderado por Aderbal Ashogun. Em um determinado momento, todos os extintores foram acionados, promovendo uma enorme nuvem que recobriu os integrantes e parte do Parque. Os demais artistas que apresentaram trabalhos foram Arto Lindsay, Bob N, Brígida Baltar, João Penoni, Marta Jourdan e Ricardo Siri – Foto: Pedro Agilson
Obra-performance de Bob N
A festa de lançamento e batismo da Oca Lage, no final de maio de ano passado, ofereceu aos mais de mil visitantes um percurso artístico por sete instalações em meio ao Parque Lage. Um momento bem emocionante foi a performance “Nimbo-Oxalá”, de Ronald Duarte, que reuniu 40 pessoas vestidas de branco, cada uma carregando um extintor de incêndio, e um grupo de percussão liderado por Aderbal Ashogun. Em um determinado momento, todos os extintores foram acionados, promovendo uma enorme nuvem que recobriu os integrantes e parte do Parque. Os demais artistas que apresentaram trabalhos foram Arto Lindsay, Bob N, Brígida Baltar, João Penoni, Marta Jourdan e Ricardo Siri – Foto: Pedro Agilson
Márcio Botner: o programa EAVerão ofereceu leituras críticas dos trabalhos dos participantes, chamadas de “Clínicas”. Dentro do programa, houve uma tertúlia, aberta ao público, com a presença dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’Anna, Pedro Rocha e Domingos Guimaraens, entre outros – Foto: Pedro Agilson
Lisette Lagnado, diretora da EAV – Foto: Pedro Agilson
Lisette Lagnado, diretora da EAV – Foto: Pedro Agilson
Márcio Botner: o programa EAVerão ofereceu leituras críticas dos trabalhos dos participantes, chamadas de “Clínicas”. Dentro do programa, houve uma tertúlia, aberta ao público, com a presença dos poetas Omar Salomão, Alice Sant’Anna, Pedro Rocha e Domingos Guimaraens, entre outros.
Um questionável clichê afirma que a vida começa aos 40 anos. Ele não serve para definir o passado da EAV – instável, talvez; incipiente, jamais –, mas parece iluminar seu futuro. O depoimento final de Lisette reverbera esse entusiasmo: “O convite de Márcio Botner para eu dirigir a escola veio num momento em que minha carreira de curadora havia chegado a um limite. Profissionalmente nunca estive tão feliz”, comemora.
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