Nenhum lance genial dos craques da Copa do Mundo reverberou mais do que a mordida que o atacante uruguaio Luis Suárez desferiu no ombro do zagueiro italiano Giorgio Chiellini em um jogo pela Copa do Mundo, em Natal. A “performance” está intimamente ligada à máxima do filósofo Ortega y Gasset: “Eu sou eu e as minhas circunstâncias”. Esta edição da ARTE!Brasileiros, feita ao sabor do clima de festa que contagiou o País e o mundo, traz algumas matérias ligadas às performances, como o projeto ArtePraia, no qual os artistas transformaram várias praias de Natal em museus a céu aberto e com obras que envolvem os cinco sentidos. Em São Paulo, a Galeria Vermelho comemora os dez anos da mostra de performance VERBO, com uma grande exposição, que envolve vídeos, fotografias e, é claro, performances. Arte ou loucura? Quem quiser conferir é só chegar e curtir.
Enquanto o País vive em estado de nirvana com os jogos da Copa, os museus e instituições culturais seguem seu ritmo normal. O Museu de Arte de São Paulo acolhe a extensa coleção de Sylvio Perlstein, composta de obras de Salvador Dalí, Kandinsky, André Breton, Picasso, Sol LeWitt, Man Ray, Max Ernst e dos brasileiros Tunga e Vik Muniz. Enquanto isso, o circuito cultural do Rio de Janeiro recebe a megaexposição artevida na Casa França-Brasil, no Parque Lage, na Biblioteca Parque Estadual e no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, com 110 artistas brasileiros e estrangeiros sob a curadoria de Adriano Pedrosa e Rodrigo Moura.
Em Buenos Aires, Fabio Cypriano entrevistou o novo diretor do Museo de Arte Latinoamericano (Malba), o espanhol Agustín Pérez Rubio, um conhecedor da produção da América Latina que virá a São Paulo, em setembro, para o III Seminário Internacional Arte Contemporânea, promovido pela ARTE!Brasileiros. Nossos colaboradores se movimentaram! Tereza de Arruda foi à Art Basel e comenta a mais respeitada feira do gênero, onde as obras históricas e de valor estável de mercado encontram novos proprietários, como é o caso do retrato de Andy Warhol, Fright Wig. Da América Central, María José Chavarría, a curadora do Museo de Arte y Diseño Contemporáneo da Costa Rica fala sobre a Bienal Paiz da Guatemala, com curadoria de Cecilia Fajardo-Hill. O tempo é de performances, arte que não tem necessariamente uma relação com o real, mas com o desejo que habita a experimentação.
Boa leitura!
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