Presença brasileira em Art Basel 43 na Suíça

Em sua 43ª versão, realizada entre 14 e 17 de junho, a mostra de arte mais disputada do mundo encerrou suas portas contabilizando sucesso absoluto, comprovado pela presença de 65 mil visitantes e uma plateia seleta de colecionadores, curadores, diretores de renomadas instituições internacionais, assim como artistas de grande projeção internacional.

Esses números já eram esperados perante um mercado de arte em pleno funcionamento e por ser um dos seguimentos mais atrativos dos investidores mundiais cada vez mais exigentes e à busca de uma oportunidade imbatível, o que torna a prévia da feira – com exclusão do público em geral – o dia mais tenso do ano.

Neste ano, a direção da feira introduziu, inclusive, um segundo dia de prévia, dias 12 e 13 de junho, para que o público especializado pudesse percorrer com mais tranquilidade os stands cuidadosamente elaborados.

A qualidade das obras apresentadas de 2.500 artistas distintos era visível e a feira foi nivelada em alto patamar. Essa preocupação das mais de 300 galerias participantes provenientes de 36 países de seis continentes correspondia à perspectiva do público ou ia além de qualquer parâmetro preestabelecido. A Gagosian Gallery, de Nova York, expôs obras museológicas no valor total de 260 milhões de dólares. No mesmo seguimento, a Galeria Pace, também de Nova York, apresentava a pintura A.B. Courbet, 1986, de Gerhard Richter, por 25 milhões de dólares, vendida para um colecionador anônimo.

Os stands elaborados em cores e pisos diferenciados demarcavam a divisão entre o espaço museológico com carpete, cores sóbrias e espaço contemporâneo mais informal. As várias seções da feira criaram plataformas para a diversidade artística, como, por exemplo, na seção Art Statement, destinada a novas propostas, ou ainda na Art Unlimited, destinada a apresentações individuais com propostas monumentais.

O Brasil esteve representado por quatro galerias: Luisa Strina, Millan, Fortes Vilaça e A Gentil Carioca. Esta última contava com uma unidade temática na seleção das obras expostas – elementos de valor monetário. Entre elas, chamava a atenção as colagens realizadas por Rodrigo Torres, Uns Trocados, recriando paisagens a partir de ornamentos de cédulas reais. Real ainda é a preocupação com o nível de especulação existente no seguimento das artes plásticas de feiras como Art Basel, que expande seus tentáculos até Miami e Hong Kong, atingindo assim um leque imenso de global players.


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