Sony rebate críticas de Barack Obama sobre estreia de filme

O CEO da Sony Pictures, Michael Lynton, rebateu as críticas do presidente Barack Obama sobre o cancelamento da estreia do filme The Interview (“A Entrevista”, em inglês) e afirmou que a empresa não tinha alternativa.

“Não cometemos nenhum erro”, declarou o executivo. Mais cedo, o mandatário norte-americano havia dito que a decisão da companhia estava errada. A medida foi tomada por causa de um ataque de hackers contra o sistema da Sony e de ameaças terroristas contra cinemas que exibissem o longa.

As ações foram reivindicadas pelo obscuro grupo Guardians of Peace (“Guardiões da Paz”), mas, segundo o FBI, o verdadeiro responsável é o governo da Coreia do Norte. “Não pode haver um ditador que imponha censura nos Estados Unidos. Gostaria que a Sony tivesse falado comigo primeiro”, ressaltou Obama, fazendo referência ao líder Kim Jong-un, satirizado pelo filme.

Na comédia, James Franco e Seth Rogen são dois jornalistas que conseguem uma entrevista com um personagem inspirado no governante de Pyongyang, embora com outro nome. No entanto, eles recebem a missão de assassiná-lo.

FBI

Investigações do FBI apontaram que o governo da Coreia do Norte é o responsável pelo recente ataque informático contra a Sony Pictures. Segundo o órgão, os instrumentos usados na ação são semelhantes aos utilizados no ano passado para afetar bancos e veículos de imprensa da Coreia do Sul. “É um comportamento inaceitável para um Estado”, diz um comunicado da agência norte-americana. Reivindicado pelo obscuro grupo Guardian of Peace (“Guardiões da Paz”), o ataque atingiu a rede interna da empresa. Os hackers tiveram acesso a documentos sigilosos, cópias de filmes, roteiros, salários de funcionários, emails, entre outros arquivos.

Além disso, o grupo ameaçou os cinemas que exibissem o longa The Interview (“A Entrevista”), que satiriza o ditador norte-coreano, Kim Jong-un. Os criminosos evocaram até os atentados de 11 de setembro de 2001, o que fez a Sony cancelar o lançamento do filme, marcado para 25 de dezembro. “Nosso país não tem ligação com esses hackers”, declarou o conselheiro político da Coreia do Norte nas Nações Unidas, Kim Song.

Com Ansa


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