Mais do que qualquer artista do século XX, Louise Bourgeois implicou-se na teoria e prática da psicanálise. Bourgeois iniciou sua análise em 1952, após o falecimento do pai em 1951. Consultava-se com Henry Lowenfeld, analista de formação freudiana ortodoxa, que havia estudado com Freud em Viena. A artista seguiu a fórmula padrão da época -de quatro sessões, de uma hora, por semana. Seu período mais intenso de análise durou de 1952 a 1967. Em 1967 havia adquirido suficiente estabilidade psicológica para ser capaz de reduzir a frequência das sessões de análise, embora esta voltasse a aumentar em tempos de crise. Continuou a consultar-se com Lowenfeld até a morte dele, em 1985.
– limpar a casa, apagar o passado – liga-se ao desejo oposto de agarrar o passado, de ser preenchida por suas memórias e desejos e, assim, tornar-se inteira.
Primeira grande individual da artista franco-americana Louise Bourgeois a desembarcar na América do Sul, Louise Bourgeois: O Retorno do Desejo Proibido esteve recentemente na Fundação Proa, em Buenos Aires, e foi aberta ao público paulistano em 7 de julho, no Instituto Tomie Ohtake. Composta de 112 obras, produzidas entre 1942 e 2009 – desenhos, objetos, pinturas, esculturas e instalações -, a mostra tem curadoria de Philip Larratt-Smith e organização do Studio Louise Bourgeois, de Nova York. Em São Paulo, fica aberta para visitação gratuita até 28 de agosto. Em setembro, a partir do dia 15, é a vez dos cariocas conferirem de perto a magnitude da obra de Louise. A exposição será realizada no Museu de Arte Moderna (MAM/RJ) e permanece até 20 de novembro.
Mais informações:
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Instituto Tomie Ohtake (11) 2245-1900
MAM/RJ (21) 2240-4944
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