Com uma coletiva de imprensa morna, foi dado o pontapé inicial na 55ª Bienal de Veneza (que acontece entre 1º de junho e 24 de novembro), com a presença do presidente da Instituição Paolo Baratta e do curador geral, o italiano Massimiliano Gioni. Ao contrário de grande parte das edições em que os curadores falavam grosso, este ano Baratta agiu na mesa como um professor, ditando as regras só pelo olhar. Tudo tem seu preço e o jovem Massimiliano deve saber disso.
Tudo o que foi dito estava praticamente no press release, entregue minutos antes, como por exemplo de que cartola o curador tirou o tema “Il Palazzo Enciclopédico”. Ele se inspirou no projeto de um artista italiano, Marino Auriti, que em 1955 apresentou em Nova York seu delírio de criar um Palácio Enciclopédico para, supostamente, guardar todo o saber da humanidade. Gioni disse que, com isso, não tem a pretensão de criar uma Bienal Enciclepédica, mas reunir, o máximo possível de artistas que representem distintas épocas da história da arte, antiga e contemporânea.
Quando o microfone foi aberto para a plateia, o clima continuou o mesmo e as choradeiras de sempre também não faltaram, como os chineses reclamando da presença de chineses não profissionais presentes numa mostra oficial do governo chinês. Bem… Bienal é assim mesmo e estamos aqui para conferir.
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