Cinema em Brasília exibe clássicos franceses

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Cena do filme “Hiroshima, meu amor”, que estará em cartaz no Cine Brasília e integra a mostra do Filmes que Amamos. Foto: Reprodução

Os moradores e visitantes da cidade de Brasília terão a oportunidade de assistir ou rever na grande tela alguns clássicos do cinema francês através do projeto “Filmes que Amamos”. O projeto, que está em sua primeira edição, é resultado de uma parceria com a embaixada da França e trará ao Cine Brasília, a partir de amanhã, dia 1º, filmes do movimento que inovou a forma de fazer cinema nas décadas de 50 e 60. 

“Filme que Amamos” é uma programação permanente do Cine Brasília dedicada a clássicos e cinematografias importantes do mundo. Ela acontecerá ao longo do ano, juntamente com as sessões normais de lançamentos de filmes e mostras especiais dedicadas a produções contemporâneas.

Confira a programação completa:


Pele de asno 
1º de novembro, às 19h
Ficção. Direção: Jacques Demy. Com Catherine Deneuve

Sinopse: Num reino distante, a rainha em seu leito de morte faz o rei prometer que só voltaria a se casar com uma mulher que fosse mais linda do que ela. Mas em todo o reino, apenas uma pessoa era dotada de tal beleza: sua própria filha. Desesperada, a princesa pede ajuda à sua fada madrinha, que a aconselha a pedir presentes de casamento cada vez mais impossíveis de se encontrar para retardar a união. A princesa consegue escapar ao seu triste destino escondida sob uma pele de asno e passa a viver numa modesta cabana na floresta como criada. Até que, um belo dia, um príncipe nota sua beleza. Baseado no conto de fadas de Charles Perrault. 


Crônica de Um Verão
1º de novembro, às 21h
Documentário. Direção: Jean Rouch

Sinopse: Durante o verão de 1960, o sociólogo Edgar Morin e Jean Rouch pesquisam sobre a vida cotidiana dos jovens parisienses para tentar compreender sua concepção de felicidade. Durante alguns meses este filme-ensaio segue, ao mesmo tempo, tal enquete, e também a evolução dos protagonistas principais. Ao redor da questão inicial “Como você vive ? Você é feliz ?”, rapidamente aparecem problemáticas essenciais como a política, o desespero, o tédio, a solidão. Finalmente, o grupo interrogado durante a enquete se reúne em torno da primeira projeção do filme acabado, para discuti-lo, aceitá-lo ou rejeitá-lo. Com isso, os dois autores se encontram diante da experiência cruel, mas apaixonante, do cinéma-vérité, ou seja, do cinema- verdade.

Sessão Curtas Parisienses de Agnès Varda
2 de novembro, às 19h
As tais cariatides
A ópera-Mouffe
Elsa, a rosa
O leão volátil
Você tem belas escadarias, sabia?
Os amantes da ponte Mac Donald

 
O Fundo do Ar é Vermelho 
2 de novembro, às 21h
Documentário. Direção: Chris Marker
Sinopse: Desde o regime chinês ao cubano, passando pela Primavera de Praga ou os movimentos estudantis e operários franceses, Marker nos relembra constantemente que não se pode simplificar o que nada tem de simples: as manifestações populares, os movimentos da política, os rumos incertos da História e da sociedade. O filme é composto por duas partes: “As mãos frágeis” e “As mãos cortadas”, ambas com 90 min (versão de 1998).


Alphaville

4 de novembro, às 19h
Ficção. Direção Jean-Luc Godard. Com Anna Karina.
Sinopse: O detetive particular Lemmy Caution é uma espécie de espião americano e chega à cidade futurista de Alphaville, situada em outro planeta. A população de Alphaville é dominada pelo computador Alpha 60, que aboliu os sentimentos e qualquer tipo de expressão individual. Lemmy é enviado à cidade com a missão de encontrar o inventor da máquina, o professor Von Braun, e convencê-lo a destruir sua criação. Chegando lá, Natacha, filha do cientista, lhe serve de guia. No entanto, durante a aventura, ele se apaixona pela filha do diabólico cientista.


Hiroshima Meu Amor
4 de novembro, às 21h
Ficção. Direção: Alain Resnais. Com Bernard Fresson, Emmanuelle Riva, Eiji Okada.
Sinopse: Participando de um filme sobre a paz em Hiroshima nos anos 50, atriz francesa passa a noite com um arquiteto japonês às margens do Rio Oda. Tudo isso traz lembranças de sua juventude na cidade de Nevers durante a Segunda Guerra Mundial, período no qual foi perseguida e apaixonou-se por um soldado alemão.

Nas Garras do Vício
5 de novembro, às 19h
Ficção. Direção: Claude Chabrol. Com Bernadette Lafont e Jean-Claude Brialy
Sinopse:  Convalescente, François volta para Sardent, um vilarejo do rio Creuse, onde passou a infância. Ele reencontra seu amigo Serge, que se tornou alcoólatra desde a morte de primeiro filho que nascera com problemas. François fica penalizado com a brutalidade de Serge com Yvonne, sua mulher, de novo grávida. Ele tenta em vão levar o amigo para o bom caminho. Assim, quando Yvonne está para dar à luz sozinha, François sai à busca de Serge e consegue trazê-lo para junto de sua mulher na hora em que põe no mundo seu filho, um filho normal.

Curtas de Alain Resnais
5 de novembro, às 21h
As Estátuas Também Morrem
Guernica
Noite e Neblina
O Canto do Estireno
Toda a Memória do Mundo

Pickpocket (O Batedor de Carteiras)
6 de novembro, às 19h

Ficção. Direção: Robert Bresson. Com Jean Pelegri, Martin Lassale e Pierre Etaix
Sinopse: Michel, um jovem que começa a bater carteiras por prazer e pela emoção do roubo, acaba fazendo disso uma compulsão. Ele é preso, percebe o choque que isso causa em sua mãe e em seus amigos e reflete sobre seus atos. Porém, depois de solto, ele se junta a um ladrão veterano e volta ao crime. Sua consciência pesa, bem como a memória de sua mãe. Também a presença de Jeanne, uma jovem por quem se apaixona, lhe faz pensar em deixar o crime, o que acontece de forma irônica. Bresson revela o cotidiano e as fixações de um jovem batedor de carteiras que encontra nesta atividade criminosa uma verdadeira forma de expressão. Inspirado em Crime e Castigo, de Dostoievski e considerada obra-prima de Robert Bresson. 

 


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