A partir desta quinta-feira (14) o Instituto de Arte Contemporânea (IAC) e o Museu Belas Artes de São Paulo (MuBA) apresentam a mostra Judith Lauand: Os Anos 50 e a Construção da Geometria. A exposição, que segue até 25 de julho, apresenta mais de uma centena de obras da artista plástica brasileira concretista Judith Lauand, produzidas entre 1950 e 1959, período fundamental para a construção da carreira e da vida da artista.
A artista formou-se em 1950 em artes plásticas pela Escola de Belas Artes de Araraquara e assim iniciou sua carreira artística. Lauand foi a única mulher a participar do manifesto concretista Ruptura, ganhando assim o apelido de “dama do concretismo”. Entre os anos de atividade do Grupo Ruptura um turbilhão de acontecimentos históricos e artísticos mudaram a vida da artista e também de todo o circuito de arte no País.
Com curadoria de Celso Fiovarante, a mostra apresenta cerca de 100 obras pertencentes a 22 coleções particulares e institucionais de São Paulo e Rio de Janeiro. São pinturas, desenhos, guaches, tapeçarias, xilogravuras, matrizes de xilogravuras e estudos em papéis diversos, além de fotografias, cadernos de anotações, catálogos e documentação variada, em um conjunto que se propõe não apenas a apresentar sua produção concretista, mas mostrar as transformações estilísticas pelas quais sua obra passou ao longo da década e também revelar seu processo de criação.
Judith Lauand realizou sua primeira mostra individual em 1954, ano do quarto centenário da cidade de São Paulo, na Galeria Ambiente, quando foi convidada a integrar o Grupo Ruptura. Também foi monitora da mostra Da Caravaggio a Tiepolo, organizada pelo governo italiano em homenagem à mais italiana das cidades brasileiras. Dois anos depois, em 1956, estava na celebrada Exposição Nacional de Arte Concreta, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo e, no ano seguinte, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro.
Mais surpreendente ainda é perceber que, neste período de tempo a artista conseguiu se destacar em um universo absolutamente masculino, dedicando-se total e plenamente às artes. A exposição proporciona a possibilidade de conhecer seus métodos de estudo e produção artística, bem como observar como se deu sua passagem pela pintura acadêmica, figurativo expressionista, abstrata lírica e, por fim, concretista, com a qual se consagrou.
Serviço – Judith Lauand: Os Anos 50 e a Construção da Geometria
Instituto de Arte Contemporânea
Rua Dr. Álvaro Alvim, 90, 1º andar, Vila Mariana
(11) 3255.2009
De segunda a sexta, das 10h às 18h; Sábado das 10h às 16h
Gratuito
Museu Belas Artes de São Paulo
Rua Dr. Álvaro Alvim, 76, Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Vila Mariana
(11) 5576.7300
De segunda a sexta, das 10h às 20h; Sábado das 10h às 16h
Gratuito
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