Morre o nordestino Moacy Cirne

Faleceu em Natal, vítima de uma parada cardíaca aos 70 anos, o grande pesquisador do campo da Comunicação e Semiótica Moacy Cirne. Um poeta diverso, de múltiplas linguagens, Moacy fez a história dos quadrinhos no Brasil e no mundo. Ao deixar a cidade natal de São José do Seridó, no Rio Grande do Norte, Cirne se mudou para o Rio de Janeiro, onde lecionou na Universidade Federal Fluminense no Departamento de Comunicação Social e se dedicou especialmente às Histórias em Quadrinhos. 

Autor de várias publicações como “A explosão criativa dos quadrinhos”, “História e crítica dos quadrinhos brasileiros”, “Uma introdução política aos quadrinhos”, “A poesia e o poema do Rio Grande do Norte”, “A biblioteca de Caicó”, entre outras, Cirne se tornou referência para estudantes desde os anos 70 até a atualidade. 

A literatura e a poesia também estão associadas ao seu nome. Cirne estabeleceu relações entre a Literatura e Artes Plásticas com o poema processo. Este foi um movimento artístico entre os anos 1967 e 1972 e andava de mãos dadas ao concretismo. Nasceu a partir daí seus poemas semiótico-gráfico-visuais. Tal movimento, inclusive, se alinhou às discussões sobre os meios de Comunicação de massa e penetrou no mundo da Semiótica, da mesma forma, fez história dentro da Comunicação Social.

Moacy Cirne faleceu devido a uma parada cardíaca, após passar por uma cirurgia. Ele ficou em coma induzido antes de falecer no Hospital da Unimed em Natal. Seu corpo foi velado na noite do último sábado e foi sepultado no domingo, em Caicó, região de Seridó.

 

 


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