As traições da tradução

Foto: Coil Lopes
Foto: Coil Lopes

Vencedor de dois prêmios Jabuti por suas traduções de As Mil e Uma Noites, Mamede Jarouche abriu o segundo Brasileiros na Livraria Cultura, revelando que decidiu estudar literatura árabe porque odiava a cultura de seus antepassados, que considera retrógrada e intolerante.

Filho de libaneses, Jarouche é professor da USP, assim como seu parceiro de mesa, Tércio Redondo, que dá aulas de literatura alemã. Redondo é formado em medicina, com especialização em psicanálise. Quis estudar alemão para ler Freud no original. O exercício da tradução surgiu como consequência natural.

Com mediação de Daniel Benevides, editor de literatura de Brasileiros, ambos debateram o tema “As Traições da Tradução”. Falaram sobre as dificuldades do ofício, a importância da tradução direta e os diversos tipos de estratégia para se aproximar de um texto literário em outra língua.

Para surpresa dos presentes, que ocupavam quase todas as cadeiras no espaço do mezanino na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, Mamede revelou que não existe um dicionário Árabe-Português; Tércio, por sua vez, lamentou a falta de um bom dicionário do alemão. A mesa terminou com as perguntas do público, respondidas com profundidade e bom humor pelos palestrantes, e uma conversa informal depois de encerrado o evento.

O próximo encontro, marcado para o dia 10 de agosto terá como tema “Da Página à Tela: a relação desigual entre literatura e cinema”.


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