Animais loucos e famintos, fetos mal-formados, pessoas caindo nas ruas, fulminadas por mal súbito, jardins encanecidos, com a getação branca por conta da radiação, casas queimadas, roubadas, destruídas, policiais usando a força para levar aqueles que teimam em permanecer na zona proibida, corrupção, mentiras oficiais, falta de remédios adequados, bebedeiras homéricas, casamentos desfeitos, médicos e enfermeiras morrendo ao lado dos pacientes, suicídios, falta de informação, informação desencontrada, deformações horrorosas, dor, pânico, abnegação. E coragem.
Esta miscelânea apocalíptica é consequência de abril de 1986, quando o reator quatro da usina de Chernobyl (pronuncia-se Tchernóbil) começou a pegar fogo e explodiu. De início, matou apenas um trabalhador. Hoje, passados exatos 30 anos, o número de mortos é incalculável. Há quem fale em centenas de milhares. Isso sem contar os doentes, na casa dos milhões. Basta pensar que a nuvem radioativa decorrente do incêndio chegou até a Irlanda. E que um quarto de Belarus, país vizinho, ficou contaminado.
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