105 anos de Adoniran Barbosa, a mais perfeita tradução de Sampa

Adoniran Barbosa

Quem abriu a página inicial do Google nesta quinta-feira (6) topou com uma simpática ilustração de Adoniran Barbosa batucando em uma caixa de fósforos. Ao fundo da imagem do compositor, uma maria-fumaça cruza um relógio em alusão ao clássico Trem das Onze. O mimo celebra os 105 anos de nascimento de Adoniran. 

Nascido João Rubinato, em 6 de agosto de 1905, em Valinhos, interior de São Paulo, Adoniran ganhou o a alcunha artística com a junção dos prenomes do amigo de boêmia Adoniran Alves e do compositor Luiz Barbosa. Antes de tornar-se famoso como compositor, no ABC paulista e na capital, encarou toda sorte de biscates e subempregos: entregou marmitas, foi serralheiro, garçom, encanador, pintor, tecelão e metalúrgico, até surgir como compositor no compacto em 78 rotações Os Mimosos Colibris e Saudade da Maloca, lançado em 1951.  

Em uma das estrofes de Sampa, o clássico lançado por Caetano Veloso em 1978, o baiano afirma que Rita Lee é a mais completa tradução de São Paulo. Ninguém há de discordar que a mutante rainha do rock é um dos símbolos da cidade, mas nenhum artista teve a capacidade de transformar a canção em meio de exaltação e crônica da metrópole como Adoniran Barbosa, símbolo maior do samba paulistano.

Para reverenciar os 105 anos do artista recomendamos a íntegra do programa Ensaio, veiculado em 1972 pela TV Cultura, dez clássicos interpretados por ele e um perfil de um de seus mais célebres personagens, Ernesto Paulelli, ou melhor, Arnesto.

LEIA: “O Arnesto nos convidô prum samba, ele mora no Brás”

Ensaio de 1972, da TV Cultura, com Adoniran:

DEZ CANÇÕES CLÁSSICAS DE ADONIRAN BARBOSA:

Trem das Onze (1964)

Saudosa Maloca (1951)

Samba do Arnesto (1953)

Iracema (1956)

As Mariposas (1955)

Tiro ao Álvaro (1960)

Bom dia, Tristeza (1958)

Despejo na Favela (1969)

Torresmo à Milanesa (1964)

Abrigo de Vagabundo (1959)


Comentários

2 respostas para “105 anos de Adoniran Barbosa, a mais perfeita tradução de Sampa”

  1. Avatar de Gael Nietsche
    Gael Nietsche

    Adoniran Barbosa foi um cantor de verdade, não se faz mais cantores como antigamente.

  2. Avatar de Gael Nietsche
    Gael Nietsche

    “Trem das onze” é uma música muito bonita de se ouvir, e a letra é muito bem escrita.
    Na voz da então novata Maria Gadú, tal música ganha uma outra roupagem, um frescor teatral muito bem elaborado/ensaiado.

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