Festival Afro Music SP leva a diversidade da cultura preta ao centro da capital

Os músicos da banda Senzala Hi-Tech, uma das sete atrações da primeira edição do Festival Música Afro SP. Foto: Reprodução / Facebook
Da esq. para a dir., Diogo Silva, MC Sombra, Minari  e Junião, os integrantes do coletivo Senzala Hi-Tech, uma das sete atrações da primeira edição do Festival Música Afro SP. Foto: Reprodução / Facebook

Em meio a uma semana marcada pelo turbilhão da desastrosa operação da gestão do prefeito João Dória Jr. no perímetro conhecido como Cracolândia, será realizada neste sábado (27) a primeira edição do Festival Afro Music SP. Idealizado, produzido e protagonizado por pretos – e não “negros”, como assim enfatizam seus organizadores -, o evento reúne sete atrações musicais, discotecagens e tendas com expositores de roupas e acessórios, pintura corporal de temática africana à cargo da artista plástica Marina Veneta, além de opções gastronômicas da Di Cumê da Ciça, da chef Cícera Alves, e do espaço cultural Aparelha Luzia. 

Das 13h20 às 19h, em um palco nomeado em homenagem ao percussionista pernambucano Naná Vasconcelos, o festival reunirá, nesta sequência, apresentações musicais de Dica L. Marques, Rádio Diáspora & Ba Kimbuta, Anna Tréa, Senzala Hi-Tech, Luedji Luna, Mental Abstrato e Ilu Inã. No palco Dona Zica, reservado para a música mecânica que embalará o encontro no intervalo das atrações, apresentam-se os DJs Rodz, da Festa Amem, e Mariana Boaventura, das festas Pitangueira e Comunadeusa. Ativista do coletivo UNEAfro Brasil, o jornalista Douglas Belchior será o mestre de cerimônias do festival.

Idealizado pelo compositor e produtor cultural Hever Alvz, o encontro é defendido em seu programa como “um ato que nasce da necessidade de reforçar protagonismo por meio de manifestações musicais, além de apresentar um novo panorama da música afro contemporânea e independente de São Paulo, produzida ou, assinada por artistas pretos”.

Espaço de resistência cultural e humanitária em meio a um cenário de abandono social, o Teatro de Contêiner, sede da Companhia Munguzá, amplia, com o aporte ao Festival Afromusic SP, questões urgentes, como a defesa da alteridade e a ausência de protagonismo de uma população que representa mais da metade do povo brasileiro.

“A proposta é provocar reflexões sobre o modelo e a estrutura a que fomos condicionados a fim de avançar por novas frentes da arquitetura social, ultrapassando os terrenos do âmbito da criação artística para os campos investigativos da evolução da história, entendendo que o povo preto deve ser o principal sujeito de sua própria libertação”, defendem os organizadores no texto de apresentação do festival.

Aberto para um público de todas as idades o evento é gratuito, com a sugestão de colaboração entre R$ 10 e R$ 20 para auxílio das despesas de produção. Confira mais detalhes na programação oficial do evento.  

SERVIÇO
Festival Música Afro SP
Teatro de Contêiner
Rua dos Gusmões, 43 – Luz – São Paulo
Sábado, 27.5, das 12h às 19h


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