Nesta quarta-feira (14), viralizou na internet o vídeo do craque Neymar apresentando o que, segundo ele, trata-se de uma composição de sua autoria (veja).
Recentemente a estrela do Barcelona revelou o desejo de se aventurar pelo universo artístico. Yo Necessito, a composição divulgada por Neymar, assim mesmo, em espanhol, não deixa dúvidas: como cantor, compositor e pianista: o jovem atleta continua a ser um dos maiores craques da atualidade.
Neymar, no entanto, não foi a primeira nem será a última estrela do futebol brasileiro a se aventurar pela seara musical. De Pelé a Zico, de Júnior a Ronaldinho Gaúcho, outros craques tentaram, alguns com sucesso, outros demonstrando a inépcia de um legítimo “perna de pau”, a carreira artística.
A seguir, recordamos algumas das tentativas.
Pelé
Não é segredo que o Rei do Futebol é apaixonado por música. Em 1969, às vésperas de conquistar o tri-campeonato mundial no México, ele lançou um compacto dividindo interpretação de duas composições de sua autoria com ninguém menos que Elis Regina. A participação da Pimentinha, claro, valoriza o registro de Tabelinha Elis X Pelé, lançado naquele ano pela Philips (ouça abaixo). Em 1977, ocasião em que encerrava sua carreira no New York Cosmos, Pelé foi homenageado no documentário dirigido por François Reichenbach. Com arranjos do niteroiense Sergio Mendes, radicado nos EUA desde 1965, a trilha sonora do longa-metragem tem várias composições de Pelé (ouça Meu Mundo é uma Bola, tema de abertura do filme).
Júnior
O sucesso experimentado na música pelo lateral esquerdo Júnior em 1982 foi tão intenso e fugaz como a trajetória da seleção que encantou o País na Copa do Mundo de Futebol realizada na Espanha naquele ano. O título da composição Povo Feliz, de Memeco e Nonô do Jacarezinho, pode fugir à memória, mas quem não se lembra do refrão “Voa canarinho, voa / Mostra pra este povo que és o Rei / Voa canarinho, voa / Mostra na Espanha o que eu já sei”? Com mais de 600 mil cópias de seu compacto vendidas, o samba cantado por Junior, hoje comentarista esportivo, continua tão memorável quanto a infeliz lembrança da despedida precoce do escrete verde-amarelo, diante da Itália, naquele torneio.
Zico
Homenageado por Jorge Ben Jor em O Camisa Dez da Gávea, Zico também se aventurou nos estúdios com outra estrela da MPB, o cantor e compositor Fagner. Lançado no final de 1982, o compacto Fagner e Zico – Batuquê na Praia chegou às lojas com a previsão de que a música tema fosse sucesso no carnaval de 1983. O tema foi parar na lista de “rebaixados” das paradas de sucesso daquele ano e, no segundo semestre, o Galinho de Quintino levou seu futebol arte para o clube italiano Udinese.
Sócrates
Outro craque que integrou o mágico escrete canarinho de 1982, Doutor Sócrates também empunhou violão e soltou a voz, dois anos antes, nos estúdios da RCA Victor, claro, sem a mesma elegância com que tratava a pelota. Apaixonado por música sertaneja de raiz, Magrão interpreta clássicos como Luar do Sertão, de Catulo da Paixão Cearense (ouça abaixo), Peguei um Ita no Norte, de Dorival Caymmi, e Viola Cabocla, de Piraci e Tinoco.
Ronaldo
Outro ídolo corintiano que continua a se aventurar pela música é o goleiro Ronaldo Giovanelli. Hoje comentarista esportivo, em 1999 ele revelou a faceta de roqueiro à frente do grupo Os Impedidos. Com um timbre de voz comparado ao de Jerry Adriani, o arqueiro emplacou um clipe de relativo sucesso na MTV, da música O Nome Dela. Veja abaixo.
Marcelinho Carioca e Amaral
Mais dois craques do clube alvinegro, Marcelinho Carioca e Amaral, se aventuraram, sem sucesso, pela música. Em 1999, eles lançaram um álbum com o grupo de pagode gospel Divina Inspiração. Veja abaixo participação da dupla, com a música Olhos Espirituais, no programa Music TV.
Ronaldinho Gaúcho
Craque também na simpatia, Ronaldinho Gaúcho adora demonstrar seu “talento” musical. Afeito a parcerias, ele dividiu microfones, entre outros, com Edcity no axé Vai na Fé e com Dennis DJ e a dupla João Lucas e Marcelo no funknejo Vamos Beber (veja o clipe abaixo).
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