Entre a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil, a Cia de Teatro Acidental escolheu apresentar uma peça falando sobre homens que abrem mão da sua individualidade para entrar numa torcida, uma histeria coletiva.
Até então inédita no teatro por aqui, a autora, a dramaturga austríaca Elfriede Jelinek, que conquistou o Nobel de Literatura em 2004, além dos prêmios Georg Büchner, Franz Kafka e Mülheim de Dramaturgia, é mais conhecida pelo romance que originou o filme A Professora de Piano, de Michael Haneke.
Com oito atores sob a direção de Clayton Mariano, do Tablado de Arruar, Peça Esporte está no Tusp, com sessões de sexta a domingo, às 20h, até o próximo domingo (15).
No lugar dos diálogos, frases com alta densidade imagética. Peça Esporte (Ein Sportstück) foi encenada pela primeira vez em 1998 pelo diretor alemão Einar Schleef. A montagem explorava os coros presentes na dramaturgia, marca registrada do diretor também em outros trabalhos. No espetáculo havia mais de cem atores em cena, entoando juntos os textos e fazendo coreografias baseadas em exercícios físicos, causando forte impacto no público. Há outras encenações alemãs menores, além de montagens na Inglaterra, Itália e Argentina. No Brasil, a tradução da obra tem apoio e aprovação do Instituto Goethe.
Peça Esporte
Sexta a domingo, 20h, até 15 de novembro.
Tusp – Teatro da USP – Rua Maria Antônia, 294, Consolação (metrô Santa Cecília). Tel. 3123-5233.
Ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
www.usp.br/tusp
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