O Conjunto Moderno da Pampulha, de Belo Horizonte, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, tornou-se Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco. A decisão foi tomada neste domingo (17), na 40a Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, em Istambul, Turquia. A obra do arquiteto francês Le Corbusier também foi declarada patrimônio cultual da humanidade pela organização.
A decisão, que deveria ter sido no sábado, foi adiada por causa da tentativa de golpe de Estado na Turquia.
O Conjunto da Pampulha foi projetado por Niemeyer, entre 1942 e 1943, sob encomenda do então prefeito Juscelino Kubitschek. Para planejar o complexo, Niemeyer inspirou-se nas concepções de Le Corbusier. São quatro edifícios articulados em torno do espelho d’água de um lago urbano artificial: o Cassino (atual Museu de Arte da Pampulha), a Casa do Baile (Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte) e o Iate Golfe Clube (Iate Tênis Clube).O conjunto também possui jardins planejados pelo paisagista Roberto Burle Marx, painéis com azulejos do pintor Candido Portinari e esculturas de artistas renomados como Alfredo Ceschiatti e José Alves Pedrosa.
A Pampulha está na lista indicativa do Brasil desde 1996 e sua candidatura à Patrimônio Cultural da Humanidade foi retomada pela Prefeitura de Belo Horizonte, em dezembro de 2012. A presidenta do Iphan, Kátia Bogéa, ressalta a relevância do complexo, afirmando que a obra está “na origem da produção arquitetônica e urbanística brasileira dentro do Movimento Moderno, e deve ser um bem compartilhado por toda a humanidade. Ao integrar a Pampulha à Lista do Patrimônio Mundial, a Unesco estará reconhecendo o conjunto como uma obra-prima do gênio criativo humano”.
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