Em meio à contradição de uma cidade lotada de pessoas, carros, ônibus, metrô e bicicletas, uma coisa é certa: São Paulo está no caminho certo para se tornar uma cidade mais justa, sustentável e amigável. Pelos menos é o que dizem diversos especialistas em mobilidade urbana.
Em uma matéria especial, publicada no dia do aniversário da cidade, o jornal O Estado de S. Paulo divulgou um estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), que mostra que os automóveis são responsáveis por cerca de 65% das emissões do setor, já os ônibus representam 19% dos poluentes.
O estudo chega à conclusão de que a cidade está no caminho certo, mas é necessário melhorar o transporte público e continuar investindo em corredores de ônibus. “É preciso desestimular o uso de carros, incentivar faixas de ônibus e aumentar a instalação de ciclovias, o que de certo modo vem sendo feito”, disse para o jornal André Ferreira, diretor-presidente do Iema.
O ambientalista Lincoln Paiva, presidente do Instituto Mobilidade Verde, também defende a mobilidade do ponto de vista do pedestre. Para ele, as pessoas só vão gostar de andar a pé se a cidade deixar de ser hostil a elas. “As pessoas têm medo de andar na rua. Faltam árvores e lugares para que elas possa se sentar e descansar”, explica Paiva.
Para que a onda de mobilidade continue ganhando força é necessário melhorar a qualidade dos ônibus e metrôs. O Iema, junto com o Greenpeace e com a Rede Nossa São Paulo questionou a licitação de ônibus que estava sendo feita pela prefeitura, entre outros motivos porque a proposta não seguia a lei municipal de mudanças climáticas, que estabelece que, a partir de 2018, o transporte público será obrigado a usar 100% de combustíveis renováveis. A licitação foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Município.
Deixe um comentário