Nunca uma manifestação pelo impeachment contrastou tanto com os protestos que tornou histórico o mês de junho de 2013. Para além das bombas de efeito moral que sobram em alguns manifestos e desaparecem de outros, na manifestação deste 13 de março chama a atenção a adesão maciça de políticos, sempre rejeitados nas marchas do MPL (Movimento Passe Livre).
Para começar, um carro de som da Ação Popular, ligado a jovens tucanos de São Paulo, ficará à disposição de Andrea Matarazzo, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. Nele devem desfilar os senadores José Serra e Aloysio Nunes, seus apoiadores. Rival de Matarazzo pela vaga de candidato, João Doria caminhará pela Avenida Paulista ao lado do deputado Bruno Covas em ato que até o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), é esperado.
Quem prometeu participar foi o próprio Aécio Neves, senador por Minas e presidente nacional do PSDB. Ele mesmo teria orientado os paulistas da bancada no Senado a convocarem os militantes para o ato, informa o jornal Folha de S.Paulo. O mineiro deve discursar em carros de som do Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL).
Também prometem marchar os líderes da oposição na Câmara, os deputados Pauderney Avelino (DEM-AM), Antonio Imbassahy (PSDB-SP) e Rubens Bueno (PPS-PR).
Muitos desses políticos já integram o comitê comandado pelos líderes que organizam os protestos deste domingo. Enquanto os movimentos abastecem parlamentares com informações sobre a temperatura das ruas, políticos organizam suas bases para engrossar os protestos.
Segundo o deputado Darcisio Perondi (PMDB-RS), partiu do MBL e do Vem Pra Rua a ideia de aumentar a cooperação de políticos em Fortaleza, Salvador, Brasília, São Paulo, Rio, Porto Alegre e Recife em razão da maior capacidade de repercussão da imprensa nessas regiões.
Mas não é só a oposição formal que frequenta o comitê. Políticos de partidos que pertencem oficialmente à base aliada começam a engrossar os encontros, são eles do PMDB, PTB, PSC, PSD e PRB.
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