Depois de permanecer 21 dias consecutivos em alta, o nível do Sistema Cantareira ficou estável em 11,1% de quinta-feira (26) para esta sexta (27). Com a chuva mais frequentes em fevereiro, o manancial, que é o maior fornecedor de água para o abastecimento na região metropolitana de São Paulo, já captou de volta toda a água retirada da segunda cota do volume morto, o equivalente a 105 bilhões de litros.
O volume morto ou reserva técnica é a água que fica em nível mais profundo nas represas, bem abaixo das comportas. A um dia de encerrar o mês, as captações de chuva somam 293,7 milímetros (mm), muito acima da média histórica para fevereiro (199,1 mm), no conjunto de seis reservatórios do sistema. Há dois dias, as retiradas do Cantareira são feitas da primeira reserva técnica que, para ser recuperada integralmente, o nível precisa subir 18,1 pontos percentuais.
Também não houve alteração no nível do Sistema Alto Tietê, que opera com 18,3% de sua capacidade desde a última segunda-feira (23), mesmo com o registro de chuva. No acumulado do mês, esse sistema soma 301,4 mm, superando a média do mês (192 mm).
Nos demais sistemas, ocorreu queda apenas no Rio Grande (de 83,3% para 83,1%). No Guarapiranga o volume subiu de 59,8% para 60,1%; no Alto Cotia, de 37,7% para 38,6%, e no Rio Claro, de 35,7% para 35,8%.
Embora as precipitações de fevereiro tenham atenuado a crise hídrica , o diretor metropolitano da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Paulo Massato, avalia que ainda é cedo para definir a adoção de um racionamento rígido.
Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de São Paulo, na última quarta-feira (25), ele informou que é preciso esperar o término do período de chuvas, que, normalmente, se estende até o final de março.
O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, disse, na mesma sessão, que não se pode descartar o rodízio. “Não está afastada a hipótese de rodízio, embora os cálculos indiquem que é um evento de baixa probabilidade”.
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