Alckmin deve explicações à Justiça por violar diretos humanos e proibir manifestações populares

Protesto em São Paulo contra o aumento da tarifa - Foto: EBC
Protesto em São Paulo contra o aumento da tarifa – Foto: EBC

O noticiário amanheceu nesta quarta-feira (13) divulgando a tal “mudança de tática” da Polícia Militar de São Paulo, que na tarde de terça-feira (12) decidiu acabar com uma manifestação popular contra o aumento da passagem do transporte público antes mesmo que ela começasse. Sem a tradicional justificativa de que apenas respondeu a ataques de black blocks, a Secretaria de Segurança cometeu uma grave ilegalidade: como em uma ditadura, mandou calar antes mesmo que abrissem a boca.

O clima sombrio da manifestação já era sentido às 16h, uma hora antes do protesto começar na Praça do Ciclista, no final da avenida Paulista. Uma fila de viaturas, motos e camburões ocupava o entorno do ponto marcado para o início do ato. Se, por um lado, os manifestantes eram encorajados a mostrar o rosto, muitos policiais apareceram no protesto usando máscara e sem identificação no peito, outra obrigação legal.

As irregularidades começaram cedo. A PM decidiu revistar manifestantes à medida que eles chegavam, gerando tensões. Quando a caminhada iniciou rumo à avenida Rebouças, a polícia impediu. As reclamações começaram e as primeiras bombas também.

Primeiro o corre-corre, depois a repressão ganhou contornos de violência. Eber Carlos, metroviário de 28 anos, ficou com a cabeça sangrando. “É a primeira vez que eu apanho gratuitamente”, lamentou ao jornal Folha de S.Paulo. Outro estudante teve a mão fraturada, enquanto outro perdeu dois dentes.

O professor Pablo Ortellado, da Universidade de São Paulo (USP), que estava na manifestação e estuda os protestos dos últimos anos, disse que esse tipo de ação foi usado em meados de 2014. “A polícia definir o caminho da manifestação ocorria nos protestos contra a organização da Copa do Mundo no Brasil.”

Segundo o MPL (Movimento Passe Livre), 28 foram levadas para hospitais da região, mas a PM negou abuso. Alexandre de Moraes, secretário de Segurança Pública, se justificou dizendo que os manifestantes “investiram contra policiais”. O que a PM de São Paulo fez sob suas ordens é censura prévia e violação aos diretos humanos. Ele, seu chefe e seus subordinados deveriam guardar suas explicações para os tribunais.


Comentários

2 respostas para “Alckmin deve explicações à Justiça por violar diretos humanos e proibir manifestações populares”

  1. Quê VERGONHA desses jovens! Lutando por uma manifestação idiota. tantas coisas para lutarem por um Brasil melhor, educação, saúde, moradia e políticos melhores para lutar por justas melhoras para todos os Brasileiros, será que esses manifestantes usam ônibus ? ou são bandos de desocupados, baderneiros e destruidores ? quem está por trás desses manifestos não são trabalhadores! Precisam cobrir o rosto para não mostrar o que de fato é o proposito. Vergonha dos Jovens !!!! Acampando em escolas, prejudicando estudantes que realmente querem estudar, Lutem e expressem a liberdade de expressão para aumentos abusivos e destruições na saúde. grandes corrupções debaixo do nosso nariz. Pensem se vale a pena destruir ônibus e metrô. QUEM USA É O TRABALHADOR.

    1. Avatar de ricardo procopio de oliveira
      ricardo procopio de oliveira

      marisa troll do psdb baba ovo do picole de chuchu

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.