O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), prometeu à população subsidiar a gratuidade da tarifa do metrô para desempregados, idosos e passageiros com deficiência, mas voltou atrás e cortou R$ 66 milhões do orçamento previsto de R$ 330 milhões.
Sem o repasse do dinheiro, o Metrô precisou desembolsar a verba, retirando dinheiro que serviria para manutenção e melhoria dos serviços. O jornal Folha de S.Paulo teve acesso a uma carta do diretor-presidente da companhia, Paulo Menezes Figueiredo, em que admite ao presidente do Sindicato dos Metroviários que a verba não chegou.
O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) enviou requerimento questionando o governo sobre o corte nos gastos. Em nota, a gestão afirmou que “não há qualquer prejuízo aos passageiros beneficiados pela gratuidade” ao lembrar que 147 milhões de passagens gratuitas foram concedidas no ano passado e que em 2016 esse número deve chegar a 162 milhões.
O governo aproveitou para culpar a crise econômica: “Mesmo diante da grave situação econômica que o País atravessa, com inflação de 10,71% e queda do PIB de 3,7%, o governo do Estado realizou contingenciamento dos recursos previstos no seu orçamento para manter o equilíbrio das contas.”
Mesmo assim, a tarifa unitária do metrô e trens subiu junto com a dos ônibus municipais de R$ 3,50 para R$ 3,80.
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