Alckmin revoga “reorganização escolar”, mas estudantes mantêm protesto

O decreto do governador Geraldo Alckmin revogando a chamada “reorganização escolar” saiu no Diário Oficial neste sábado (5), mas a mobilização dos estudantes continua forte em São Paulo.

A partir das 14h, uma multidão fechou uma das vias da Avenida Paulista e seguiu até a Secretaria da Educação, na região central da capital paulista. A Polícia Militar acompanhou o protesto, mas não houve nenhuma ocorrência de violência. A manifestação não contou com a presença apenas de alunos, mas também de professores e pessoas diversas que apoiam o movimento.

“Estamos tendo uma aula de democracia com uma moçada que em geral, passa por desencantada. É um sopro de perspectiva que eles estão trazendo para sociedade”, afirma o professor Leandro Martins.

Os estudantes já anunciaram que apesar do recuo do governo com relação à “reorganização escolar”, as ocupações nas escolas estaduais devem ser mantidas – inclusive a Virada Cultural programada para este domingo (6), com participação de diversos artistas.

“Continuamos lutando diante de toda repressão da polícia e não vamos parar até acabar a reorganização escolar”, disse Samuel Fernandes (15).

A polícia ainda não divulgou o número de manifestantes. O próximo ato esta marcado para o dia 9, às 17, no vão do Masp, na avenida Paulista.

Os alunos são contrários ao projeto do governo que, para concentrar ciclos únicos nas unidades, pretende transferir milhares de alunos e professores, e fechar 93 escolas.


Comentários

Uma resposta para “Alckmin revoga “reorganização escolar”, mas estudantes mantêm protesto”

  1. Avatar de Welbi Maia Brito
    Welbi Maia Brito

    Sensível ao apelo de pais e alunos, o governador Geraldo Alckmin decidiu suspender a reorganização das escolas para discutir durante o próximo ano com cada escola a melhor forma de fazer as mudanças. Um governante democrático age assim, revoga ou adia suas decisões para ouvir e esclarecer a população. Tenho certeza que esta medida fará que o apoio da comunidade escolar seja maciço às mudanças propostas pelo governo.

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